ORGULHO

Adolescente piracicabana é premiada em concurso internacional

Por Da Redação |
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação/Léa Fabris
Juliana entre as professoras Sandra Del Valle e Tamara Oliveira
Juliana entre as professoras Sandra Del Valle e Tamara Oliveira

A piracicabana Juliana Zatarim, de 15 anos, foi a única brasileira premiada no Concurso de Cartas Nossas Florestas e Oceanos, promovido pelo Pulitzer Center, com sede em Washington, capital dos Estados Unidos. O concurso teve como objetivo incentivar jovens a praticar escrita persuasiva e ação cívica em defesa do meio ambiente. Estudante do Liceu Terras do Engenho, ela concorreu com mais de 700 alunos da América Latina, com idades entre 15 e 24 anos. Na carta, endereçada à Ministra do Meio Ambiente, marina Silva, ela expressa preocupação com as consequências das mudanças climáticas no mundo, e propõe soluções para amenizar a situação. O prêmio consiste em U$ 250 (cerca de R$ 1500) para implementação de ação ambiental na comunidade onde vive.

Para participar do concurso era necessário selecionar uma reportagem publicada no site do Pulitzer Center nas categorias Florestas, Oceanos e Clima e Trabalho para ser base do assunto da carta, que deveria ter no máximo 500 palavras. A reportagem escolhida por Juliana foi a intitulada “Mais extensos do mundo, mangues amazônicos são ameaçados pelas mudanças climáticas”, na categoria Oceanos, publicada em abril de 2024 e que trata de um ecossistema rico e biodiverso que se estende por quase oito mil quilômetros na costa norte do Brasil e que está ameaçado pelas alterações nos padrões de temperatura e clima da Terra.

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“Tudo está completamente interligado, porque vivemos em um único planeta e dependemos dos recursos naturais para a nossa sobrevivência. O aumento do nível do mar e das temperaturas está a destruir os mangues, afetando o seu papel como habitat dos animais e a sua capacidade de capturar e armazenar dióxido de carbono. É urgente a necessidade de conscientizar a sociedade na prevenção de catástrofes naturais, implementar políticas climáticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e desenvolver estratégias de adaptação e restauração das florestas. É isso o que proponho na minha carta, no intuito de priorizarmos a proteção ambiental. Estou muito feliz com a premiação e minha intenção é doar o prêmio para um projeto de reflorestamento”, explicou.

Juliana escreveu a carta após orientação da professora de língua espanhola Sandra Del Valle, que no primeiro semestre do ano registrou-se no treinamento do concurso. De acordo com a docente, foram selecionados 20 orientadores de toda a América Latina para receberem as instruções do Pulitzer Center. “Fui escolhida entre mais de 200 candidatos e participei dos encontros instrutivos em julho. No mês seguinte, ministrei a oficina para os jovens da escola interessados em participar do concurso. Enviamos o total de 36 cartas. É muito gratificante ver como nossos estudantes se engajaram neste propósito. Acredito que os aprendizados sejam para a vida toda, tornando nossos jovens mais conscientes na relação com o nosso planeta”, disse a professora, que teve a colaboração das docentes de Redação, Tamara Oliveira e Debora Alves. Os outros cinco ganhadores do concurso foram Gabriela Samaan, da Venezuela, e Delinda Kajekui, do Peru, na categoria Florestas; Diana Ariza, da Colombia, e Andrea Márquez, da Venezuela, na categoria Clima e Trabalho; e Saray Pérez, da Venezuela, na categoria Oceanos. Todas as cartas estão disponíveis para leitura no site pulitzercenter.org.

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