AGIOTAGEM

Agiota condenado diz ter deixado polícia por razões psicológicas

da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
O ex-policial civil Rogério Camilo Requel foi condenado a 20 anos de prisão por participação em esquema de agiotagem e crimes relacionados em Franca
O ex-policial civil Rogério Camilo Requel foi condenado a 20 anos de prisão por participação em esquema de agiotagem e crimes relacionados em Franca

Rogério Camilo Requel, ex-policial civil condenado a 20 anos de prisão, foi apontado como integrante de uma quadrilha desarticulada que praticava agiotagem em Franca. Ele foi sentenciado no dia 19 de dezembro pela 3ª Vara Criminal do Fórum de Franca.

Em seu depoimento, Rogério alegou ter deixado a Polícia Civil por problemas psicológicos e afirmou ter optado por não portar arma. Ele também declarou ser amigo há cinco anos de Evanderson Lopes Guimarães, apontado como líder do esquema, mas negou conhecer os outros envolvidos: Leomábio, Bruno, Douglas, Ezequias e Rony. Rogério disse ainda que nunca realizou cobranças ou beneficiou terceiros e afirmou não ter acesso ao sistema de pesquisa usado no esquema.

Apesar de suas alegações, a investigação conduzida pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) revelou outra realidade. Segundo o inquérito, Rogério contribuía diretamente para os empréstimos ilegais da organização criminosa e utilizava sua posição como policial civil para proteger o esquema. Ele impedia que as investigações da Polícia Judiciária desvendassem as práticas ilícitas do grupo, além de ser responsável por cobrar os empréstimos e intimidar os devedores.

Interceptações telefônicas mostraram que Rogério mantinha contato com policiais de alta patente e repassava informações privilegiadas a Evanderson sobre pessoas envolvidas em empréstimos e outros crimes. Mesmo após sua exoneração, o ex-policial continuou recebendo informações confidenciais e foi alertado quando seu telefone foi clonado.

Na sentença, o juiz Orlando Brossi Júnior destacou a gravidade da conduta de Rogério. "Conquanto exercesse o cargo de policial civil, era um dos responsáveis pelas cobranças e intimidações dos devedores, além de acobertar todo o esquema de empréstimos. Sua conduta se reveste de maior reprovabilidade, dada a função pública que exercia, de quem se exige uma postura ética, proba e em harmonia com o interesse público", afirmou o magistrado.

Rogério e os demais integrantes da quadrilha foram condenados por organização criminosa, lavagem de dinheiro, usura, corrupção ativa e passiva. Todos cumprirão pena em regime fechado.

Leia mais:

Sete agiotas de Franca são condenados a 20 anos de prisão

 

Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

3 Comentários

  • Alex 3 horas atrás
    KKKKKKKKKKKKKKK. Antes dos CAC\'s os bandidos arrumavam armas como? KKKKKKKKKKKKKKK Armamento liberado para os CAC\'s parecem brinquedos perto daqueles que o pessoal das facções possuem. KKKKKKKKKKKKKKKKKK
  • RODRIGO ERICO NASCIMENTO 9 horas atrás
    Está rua fica no residencial José de Carlos e não no Elimar e o nome da rua é João Batista de Andrade o restante das informações estão corretas.
  • Darsio 10 horas atrás
    Mentira! O que corrompe e, portanto atrai policiais para a criminalidade, é simplesmente é o desejo de ganhar mais grana e se tornarem ricos, além do poder. Quantos não são policiais envolvidos com o crime e que possuem patrimônio infinitamente acima de um poder de compra limitado pelos baixos salários? A verdade é que o policial necessita de uma formação que o transforme em um ser humano e, não em uma pessoa bruta pronta para torturar e matar e, além disso ser valorizado na carreira com excelentes salários e condições de trabalho. Não se trata de ser contra a polícia, mas ao modelo que Tarcísio e Derrite buscam impor. E, o policial precisa ter maior consciência, pois assim ele se colocaria contra a liberação de armas, sabendo que geraria uma situação em que sua vida correria maior risco. Afinal, a PF já constatou que muito armamento pesado adquirido por CACs foi repassado para criminosos, os mesmos que enfrentam a polícia no cotidiano.