Antes do início da sessão da Câmara Municipal de Franca, desta terça-feira, 15, um homem de aproximadamente 50 anos entrou no Plenário dizendo que iria dar tiros em vereadores. Em princípio, o cidadão reclamava muito, alegando contas a pagar, e depois gritou dizendo que daria tiros, sem citar nomes de nenhum parlamentar.

No momento da fúria do homem, o Plenário, no auditório do Uni-Facef, estava praticamente vazio, com apenas o presidente da Câmara, o vereador Della Motta (Podemos), funcionários e a equipe de segurança. “Ele chegou aqui por volta das 8h20 e começou a esbravejar. Eu estava preparando a pauta, quando ele falou que iria dar tiro na cara de um vereador. Aí, não tem como não tomar alguma atitude”, disse Della Motta.

Devido à ameaça, o presidente da Casa de Leis contou que saiu de sua mesa indo até o homem. “Eu me identifiquei como presidente da Casa, me identifiquei como veterano da Polícia Militar, dizendo que não era atitude de um cidadão essa questão de dar tiro na cara de nenhum vereador e se ele queria reclamar teria que ir direto à Prefeitura. Aqui é a casa do povo, mas não dá o direito a ele de chegar e tecer ameaças graves, como dar tiro na cara de vereador”, acrescentou Della Motta.

O presidente da Câmara Municipal disse que não foi preciso acionar a segurança do Legislativo nem da Polícia Militar. “Eu perguntei se ele estava armado, ele não estava. Depois ele saiu e foi embora. Nós temos também seguranças na Câmara, que já estavam a postos. Não tinha ninguém no Plenário ainda, porque a sessão começa às 9h. Ameaça desse calibre, que vai dar um tiro no rosto de vereador, é inadmissível, lamentável”.

Della Motta disse que o cidadão, aparentemente, é desconhecido na Câmara. “Ele falou de carrinho (possivelmente ambulante) que foi apreendido na praça do Centro, mas não entendi muito bem. Ele caiu em si e foi embora”.

O chefe da segurança da Câmara de Franca, Jean Franco, disse que não precisou intervir já que o homem se acalmou, mesmo demonstrando descontrole inicial. Informou que o homem seria um ambulante que trabalha na área central da cidade. “O munícipe estava sentado aguardando os vereadores chegar e depois começou a ameaçar com palavras, dizendo que veio para efetuar disparos em vereadores. Não foi preciso de intervenção. Não conheço o cidadão”, relatou o segurança.