A política apresenta situações inusitadas. Uma candidata a vereadora, que não votou nela própria nas eleições municipais no último domingo, 6, se tornou suplente da Câmara Municipal de Pedregulho, a 41 km de Franca.
Segundo resultado apresentado no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ângela Ferreira (PSB), computou zero voto e mesmo assim é suplente em uma das 11 cadeiras existentes no Legislativo da cidade.
Ângela foi procurada pela reportagem nesta quinta-feira, 10, para explicar como foi o período de campanha e o motivo de não ter obtido nenhum voto, inclusive o seu, mas apenas disse: “Tô no serviço agora, assim que sair relato para você”.
Outras cidades do Estado, como Brodowski, Cajuru, Sertãozinho e Pitangueiras também contam com candidatos suplentes, sem computar nenhum voto.
O que dizem as regras
Um suplente assume o cargo de vereador quando um dos titulares se afasta por motivos como licença, renúncia ou falecimento, ou se o titular decidir deixá-la para concorrer a outro cargo. O suplente é definido segundo a votação do partido ou coligação a que pertence, e sua posição na lista de suplência é determinada pela quantidade de votos que recebeu nas eleições.
As vagas de suplentes são do partido, não dos candidatos. Se um candidato trocar de partido ou for expulso, a vaga de suplente será destinada ao próximo mais votado que estiver na fila de espera dessa legenda. O suplente não recebe salário, mas deve permanecer disponível durante todo o mandato.
O candidato com zero voto pode até chegar a assumir o cargo. Isso porque o cargo pertence ao partido ou federação, que alcançou a somatória de votos necessária, permitindo essa situação dentro do sistema eleitoral.
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Comentários
1 Comentários
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Isso é Brasil 10/10/2024Como disse aquele famoso personagem de \"Velozes e Furiosos\", Torino, naquele filme cujas cenas foram gravadas na cidade do Rio de Janeiro, \"Estamos no Brasil\" .