
A festa de São João, celebrada em 24 de junho, é das mais populares do Brasil. As duas maiores acontecem em Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, onde milhares de foliões dançam o forró em torno de uma fogueira. Em Salvador, os baianos criam decorações de rua especiais.
Por que no Nordeste a festa é mais “arretada”? Ela é mais agitada porque a data marca o início da estação das chuvas naquela região. A chuva é recebida pelos nordestinos como uma bênção porque a região é muito seca. Então, é festejar as águas!
Mas em outras cidades brasileiras também há comemoração. Em muitas escolas preparam-se festas para alunos que costumam se vestir como « caipiras”. Mas atenção! Esse jeito “caipira” não existe na realidade, apenas no imaginário dos brasileiros. É uma lembrança do tempo da colonização, quando o Brasil começou a ser povoado e os portugueses trouxeram a sua festa.
Meninas exibem vestidos coloridos enfeitados com rendas, babados e fitas. Meninos, camisa xadrez, calça remendada com panos coloridos e chapéu de palha. A maquilagem merece atenção: sardas, batom e rouge no rosto delas; bigode e cavanhaque no deles.
Na hora de escolher o traje para dançar quadrilha o que vale mesmo é apostar num look bem colorido: xadrezes, florais grandes e pequenos, listras –tudo misturado! O mix de estampas é uma das características da roupa caipira.
O chapéu de palha não pode faltar, principalmente para os meninos. Já as meninas podem fazer as clássicas trancinhas ou marias-chiquinhas no cabelo. Flores também são uma escolha. Saias rodadas com várias camadas são tradicionais em qualquer arraial. Vale usar cetim, rendas e adornar com fitinhas. Vale caprichar nos acessórios e Incluir no look cintos com fivelas chamativas, lenço no pescoço, pulseiras ou colares de couro, bolsa de franjas. O bom é usar a criatividade para compor o caipira ou a caipira que moram dentro de nós.
Em tempo: a palavra “caipira” é bem brasileira. É um termo de origem tupi que designa, desde os tempos coloniais brasileiros, os moradores da roça. A designação alcançou, principalmente, populações de lugares que hoje são os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia. O termo “caipira”, no entanto, costuma ser utilizado com mais frequência para se referir à população do interior dos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.
Existem várias explicações para a origem da palavra “caipira”, sempre a partir da língua tupi. Os especialistas dizem que no original seria “ka’apir”, no sentido de “cortador de mato”. De fato, os fazendeiros cortavam o mato para erguer casas, plantar roças ou abrir pastos para o gado. Era assim que os índios os viam. E os índios não faziam isso. Respeitavam a natureza e conviviam com ela.
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