
A seriema é uma ave conhecida também como sariema (Ceará) e siriema-de-pé-vermelho. O nome seriema deriva das palavras em tupi “çaria” (= crista) + “am” (= levantada). Típica dos cerrados do Brasil, ela possui porte imponente e cauda longa.
A seriema inspirou diversas canções pelos rincões do Brasil. Exemplo bastante típico é este trecho da canção Seriema, de autoria de Nhô Pai e Mario Zan, gravada por vários artistas sertanejos:
“Oh, seriema de Mato Grosso/ teu canto triste me faz lembrar
Daqueles tempos que eu viajava/ tenho saudade do teu cantar
Maracaju, Ponta Porã/ quero voltar ao meu Tupã
Rever os campos que eu conheci/ oh seriema eu quero ouvir ”
Sua plumagem é cinza-amarelada, com finas riscas escuras: o ventre um pouco mais claro, bico e pernas vermelhos. Tem a crista formada por um tufo de penas longas, com cerca de 12 centímetros. É uma das poucas aves que possuem pestanas. Atinge uma altura média de 70 centímetros, podendo chegar a 90 de comprimento e pesar até 1,4 quilo. O porte das aves jovens pode ser igual ao porte das aves adultas e, para diferenciá-los, a cor dos olhos é uma das melhores maneiras. Nos adultos, os olhos são acinzentados; já nos jovens, são amarelados.
Seu canto é marcante, podendo ser ouvido a mais de 1 quilômetro. Seus gritos, seja de uma ave solitária, seja de um casal em dueto, são altos e longos. Parecem longas risadas, as quais vão acelerando-se e aumentando de tom à medida que a ave repete o canto. Pode permanecer gritando por vários minutos, sem cessar.
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