Professora Carmen Lúcia Fonseca Pereira morre aos 66 anos de idade


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Carmen Lúcia foi sepultada no Cemitério da Saudade, dia 13
Carmen Lúcia foi sepultada no Cemitério da Saudade, dia 13

Morreu na manhã do dia 13 de dezembro, segunda-feira, aos 66 anos, a professora Carmen Lúcia Fonseca Pereira. O óbito se deu na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Regional. Carmen foi internada na sexta-feira, 10, último lance de uma história de luta contra câncer detectado há 5 anos.

Era filha de Luiz Carlos Fonseca (ex-secretário da Prefeitura e da Câmara Municipal de Franca, falecido) e Idalina Marinho Fonseca, hoje com 94 anos; e irmã de Luiz Carlos Fonseca, médico do Hospital Regional.

Deixa viúvo, Roberto do Carmo Pereira, sócio-diretor do Laboratório de Análises Clínicas “Clóvis Ribeiro Vieira”; 2 filhos (Luciana, casada com Jean Carlo Fernandes, residentes em Goiânia - GO, e Rafael, casado com Ana Paula, residentes em Belo Horizonte - MG; todos cirurgiões dentistas), 1 neta, Júlia, e mais um, a caminho para a segundo quinzena de fevereiro de 2011, Lucas, que vovó Carmen aguardava com ansiedade.

Formou-se professora pelo Instituto de História e Serviço Social da Universidade Paulista ‘Júlio de Mesquita Filho’, Unesp, de Franca. Enquanto estudava nos últimos anos do curso deu aulas no Ateneu Francano. Formada, prestou concurso e foi dar aulas em escola estadual de Batatais. De lá, veio para mais próximo de Franca e teve passagem por cidade da região antes de receber transferência para o ensino fundamental e médio do “Homero Alves”, de Franca. Aposentou-se naquela escola mas, desafiada, decidiu por continuar ensinando – e o fez por 2 anos – na escola Escreviver, de preparação para exames de Ordem da OAB e vestibulares.

Em várias oportunidades mereceu homenagens de turmas de formandos e foi escolhida como patronesse ou paraninfa. Em seu período de doença, orgulhava-se de ser tratada, acompanhada e “paparicada” por médicos que foram seus alunos.

Era caseira. Todo e qualquer tempo que o ensino lhe permitia, dedicava à convivência com o marido, filhos e amizades. “Não perdia oportunidade para estar em Goiânia e em Belo Horizonte, onde nossos filhos moram. Jamais abriu mão de dar ‘colo de mãe’ à família”, disse Roberto. Fora, havia a convivência com “seus” grupos de voluntariado anônimo. “Carmen se reunia com suas amigas, cada ocasião na casa de uma delas, e, juntas, dedicavam-se a bordar e criar peças para doar a instituições como o Hospital do Câncer e APAE”. Também fazia parte com o marido do que chamava de “Grupo de Caminhada”, integrado por gente “que ao longo de bom tempo, se torna mais que amiga, já que passamos a compartilhar alegrias e tristezas”. Os integrantes desse grupo (casais Mozar e Belinha, Paulo Camargo e Margarida, Anchieta e Maria Emília, Luís e Ângela, Enéas e Marli) continuaram muito perto mesmo quando Carmen não pode mais acompanhá-los nos percursos.

Sua imagem de mãe de crianças foi resgatada por Corrêa Neves Júnior na Gazetilha “Raízes”, do dia 28 de novembro deste ano, Ela é a Tia Carmen, com quem o articulista começa a enumeração das mães da Rua Manacá, Vila Flores, no início dos anos 80.

Os últimos tempos foram difíceis e dolorosos, disse Roberto, “mas não tristes. Preparamo-nos para o que viesse. Carmen foi de uma aceitação indescritível. Agradecíamos cada novo dia. Saímos no dia 3 e fomos a um restaurante. Não imaginávamos que seria a última vez. Permanecerá, para sempre, a saudade”, emociona-se.

Velório e sepultamento foram realizados no mesmo dia 13, no São Vicente de Paula e Cemitério da Saudade, com serviços da Funerária São Francisco.

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