
Os motivos para optar por uma casa de madeira no momento de escolher onde morar vão desde o preço, normalmente mais acessível que os imóveis convencionais, até questões de saúde. É assim na Vila Nossa Senhora das Graças, onde uma seqüência de sete casas de madeira construídas há cerca de 20 anos dá um ar gracioso e campestre à Avenida Amélia Antunes Pinheiro.
Usando a racionabilidade, a família do alfaiate Jakcésar Garcia Olegário harmonizou os espaços com o estilo de vida, a profissão e o bem-estar de cada um e todos se sentem parte integrante dos ambientes em que vivem, onde desfrutam de lazer e descanso.
A família de cinco pessoas vive em uma das casas de madeira da Amélia Antunes Pinheiro. Ao lado, em outra casa também de madeira, Olegário instalou a sua alfaiataria. O dia todo em edificações de madeira o faz ter larga experiência no assunto. “Depois que mudamos para cá, a minha mãe, que tem bronquite alérgica, nunca mais teve crise da doença”, disse.
Já o que levou a dona de casa Rosane Cruz Salomão a morar em uma casa de madeira foi a busca por economia, uma vez que o aluguel é cerca de R$ 50 mais barato que em casas de alvenaria na mesma região. Sobre a segurança do imóvel, ela se diverte: “Só tenho medo do lobo mau vir aqui e dar um sopro”, disse Rosane, que divide a casa de seis cômodos com mais sete pessoas da família.
Além do “temido” ataque do lobo mau, a dona de casa fala sobre a ação de outro possível - este real - vilão, o cupim, carrasco das madeiras. Contra esta espécie, entretanto, ela faz uso de suas potentes armas, como querosene e creolina, e garante que os bichos não existem em maior quantidade que nas casas convencionais. “Na verdade eu já morei em casas de alvenaria que tinham muito mais cupim que nessa. Aqui eles estão apenas em um cantinho e, quando aparecem, eu já dou um jeito”, afirmou.
O recomendável ao se construir uma casa de madeira é que o solo onde será feita a construção seja imunizado e que a madeira empregada seja de alta qualidade, com resistência natural ao cupim.
As duas famílias fazem questão de ressaltar a praticidade das moradias. Segundo elas, a manutenção do imóvel demanda pouco tempo e dinheiro. A cada dois ou três anos o verniz é renovado e a madeira fica com aparência de nova. “Um galão de 18 litros é suficiente”, afirmou Olegário.
Quanto à durabilidade do imóvel, a maioria dos fabricantes afirma que a expectativa de duração de uma casa de madeira que tenha qualidade e passe pela devida manutenção ao longo dos anos é superior a cem anos. Ao considerar o fato de que no Oriente existem templos de madeira com mais de 300 anos, é possível acreditar na teoria.
ONDE ACHAR
Em Franca a reportagem não encontrou nenhuma empresa especializada na fabricação e venda de casas pré-moldadas de madeira. No entanto, empresas sediadas em outras cidades prometem vendas em todo o Brasil e até para o exterior. É o caso da Reis das Casas Pré-fabricadas (www.reisdascasas.com.br), em São Paulo, e Boncasa & Vizoni (www.vizonicasademadeira.com.br), em Penápolis (SP).
Na primeira empresa o valor de comercialização de uma casa com 80 metros quadrados de construção, entregue pronta, varia entre R$ 47,7 mil e R$ 56,4 mil, dependendo da espessura das paredes, e o prazo de entrega é de 90 a 120 dias. Para um imóvel de 183 metros quadrados o preço vai de R$ 118,6 mil a R$ 139,4 mil e o prazo de entrega é de 130 a 160 dias.
A Reis das Casas afirma que utiliza parede maciça industrializada na espessura de 4,5 ou 3,5 centímetros na construção das casas e promete cumprimento rígido do prazo de fabricação e montagem, economia, garantia e assistência técnica.
Segundo a empresa, as madeiras utilizadas nas obras são a sapucaia, bacuri, jarana, guaruba, tanibuca, câmbara, guajara e cedrinho mescla. O comprador tem a opção de pagar à vista, com 5% de desconto, ou dar 50% do valor total como sinal e parcelar o saldo em seis vezes. Há ainda a opção de fazer um financiamento bancário. A contratação do frete é por conta do comprador.
[FOTO2]
A Boncasa & Vizoni promete a entrega da casa pronta no tempo médio de 30 a 120 dias, dependendo do padrão da obra. Metade do custo deve ser pago no fechamento do contrato, 25% após 30 dias e os outros 25% após 60 dias da assinatura da compra. Os preços nesta empresa são sob consulta e o tamanho das casas oferecidas varia de 47 a 350 metros quadrados.
Fale com o GCN/Sampi!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.