Passaredo: vôos em Franca, só com novo avião


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Avião da Passaredo diante do Aeroporto “Tenente Lund Pressoto” de Franca: em janeiro, empresa pode voltar a operar na cidade; agora não
Avião da Passaredo diante do Aeroporto “Tenente Lund Pressoto” de Franca: em janeiro, empresa pode voltar a operar na cidade; agora não
Enquanto esperava no saguão do Aeroporto “Tenente Lund Presotto” a chegada de seu filho, Mércia Sabaraense elogiava a possibilidade de viajar de avião direto de Brasília a Franca. Ela mora em Marília, visitou sua filha na capital do País e, de lá, em um único vôo sem conexão, com seu neto Pedro, aterrissou na “capital do calçado”, uma hora e dez minutos após sua saída. Tal comodidade, no entanto, pode temporariamente sofrer uma pausa em 1º de setembro, data prevista para o Aeroporto “Leite Lopes”, de Ribeirão Preto, voltar a operar. A empresa Passaredo Transportes Aéreos informou ontem que, para continuar operando em Franca, depende da aquisição de uma nova aeronave, mas devido aos bons números apresentados pela companhia desde junho, os diretores da empresa aérea já sinalizam voltar à cidade no início de 2007. Em café-da-manhã com a imprensa das regiões de Franca e Ribeirão Preto, ontem, em Brasília, o presidente da Passaredo, José Luiz Felício Filho, voltou a demonstrar interesse pelos vôos domésticos locais. Elogiou o público, que, segundo ele, superou as expectativas, operando sempre com números superiores a 70% de ocupação, mas afirmou que o alto custo de manutenção inviabiliza, neste momento, sua permanência na cidade. José Luiz Felício, no entanto, não descartou a retomada de vôos a partir de Franca em 2007. “Estamos em um processo de aquisição de uma terceira aeronave que destinaremos para o mercado francano”, afirmou. Isso só deverá ocorrer em janeiro, se a previsão de entrega do terceiro modelo Brasília Advanced, da Embraer, for concretizada até o final do ano. “Aceleramos o processo de chegada do novo avião para causar o menor desgaste possível aos usuários de nossos serviços”, disse José Luiz. Os desgastes serão inevitáveis. Muitos empresários francanos que já faziam o uso do Aeroporto “Leite Lopes” e, agora, aprovaram a transferência dos vôos para Franca, se disseram descontentes com a mudança. “Franca não pode ficar sem vôos. Ficou claro que pousos e decolagens daqui são viáveis. Não podemos ficar descobertos”, disse Ivânio Batista. A saída para a Passaredo não deixar seus clientes regionais ‘na mão’ está em estudo. Um paliativo deverá ser oferecer traslado dos usuários francanos até Ribeirão Preto sem custo. “Mas ainda não está tudo fechado”, disse o presidente. Para a usuária Mércia Sabaraense, quando as empresas pararem de operar em Franca, tudo será diferente e para pior. De Marília, ela terá que seguir para São Paulo e posteriormente para Brasília, em visita à sua filha. Mas sua vinda a Franca para rever o filho demandará mais tempo e paciência. De Brasília, ela terá que seguir até São Paulo, voltar para Ribeirão Preto e, de carro, chegar a Franca.

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