
A Câmara Municipal de Campinas aprovou, na sessão desta quarta-feira (23), a abertura de uma Comissão Processante (CP) para investigar o vereador Vini Oliveira (Cidadania). A decisão foi tomada após votação em plenário, que contou com 23 votos favoráveis e 9 contrários à admissibilidade da denúncia apresentada pela médica Daiane Copercini, da rede municipal de saúde.
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Com a aprovação, foi formada uma comissão composta por três vereadores - presidente Mariana Conti, do PSOL; relator Nelson Hosrri, do PSD; membro, Nick Schneider, do PL - sorteados entre os parlamentares da Casa. O grupo será responsável por analisar as acusações e conduzir o processo, que pode resultar até na cassação do mandato do parlamentar.
Segundo o documento protocolado, Vini teria invadido o Hospital Mário Gatti no dia 1º de janeiro, acompanhado de assessores, filmando pacientes e servidores sem autorização. A denúncia cita violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ao sigilo médico e ao equilíbrio entre os Poderes, além de conduta considerada desrespeitosa e incompatível com as prerrogativas parlamentares.
A iniciativa ocorre após o episódio ter gerado manifestações públicas de repúdio, incluindo posicionamento contrário do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Vini, por sua vez, nega qualquer irregularidade. “Absurdo tentar cassar um mandato eleito democraticamente com quase 12 mil votos, simplesmente por exercer sua função que é fiscalizar. O engraçado é que em momento algum expus essa médica, mas ela fez e faz de tudo para aparecer”, disse o vereador ao Portal Sampi Campinas.
A Comissão Processante terá prazo regimental para realizar oitivas, reunir documentos e emitir um parecer final, que será novamente votado em plenário. Se a maioria qualificada dos vereadores entender que houve quebra de decoro, o vereador poderá perder o mandato.