NEGLIGÊNCIA

Grávida de dois meses morre após ter atendimento negado em três hospitais

Ela só foi socorrida depois de desmaiar no chão do pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (DF). Horas mais tarde, domingo, Tairine morreu vítima de uma parada cardíaca

Por Da redação | 24/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min
São José dos Campos

Reprodução

Tairine ao lado do marido
Tairine ao lado do marido

Grávida de dois meses, Tairine Alves, de 30 anos, morreu após passar mal e ter o atendimento negado em três hospitais do Distrito Federal. Ela só foi socorrida depois de desmaiar no chão do pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga. Horas mais tarde, na madrugada de domingo (21), Tairine morreu vítima de uma parada cardiorrespiratória.

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A grávida sofria de faucemia e já havia tido tuberculose. Mesmo com o histórico de risco, médicos que acompanhavam a gestação diziam que não havia problemas. No entanto, no último sábado (20), Tairine começou a tossir e passar mal. Ao lado do marido, ela foi ao Hospital Regional de Taguatinga, mas foram informados que, como residiam em Ceilândia, só poderiam ser atendidos em uma unidade de saúde daquela região.

Assim, o casal voltou de ambulância para o Hospital Regional de Samambaia, porém o atendimento foi negado novamente, sob a alegação de que "estavam fazendo muitos partos e não tinha como atender". Depois, o casal foi ao Hospital Regional de Ceilândia, mas também não conseguiu atendimento.

Com o quadro se agravando, Tairine e o marido voltaram ao Hospital Regional de Taguatinga, com a mulher grávida desmaiando no PS. “Ela vomitava muito sangue. Gritei por socorro ao pessoal da sala vermelha, que ajudou. Horas depois, soube da morte. Ela morreu esperando atendimento e não tentando salvar a vida. Essa foi a negligência”, desabafou o marido, Max Oakley, em entrevista ao Correio Braziliense.

Tairine foi sepultada nesta terça-feira (23), na cidade baiana Xique-Xique. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal esclareceu que investiga o caso.

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