DECISÃO

Justiça manda soltar avó de recém-nascida encontrada morta em lixeira

A mãe da criança, uma adolescente de 17 anos, segue internada, mas teve a apreensão decretada.

Por Thiago Rovêdo | 03/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para Sampi Campinas

Reprodução

Condomínio onde aconteceu o fato
Condomínio onde aconteceu o fato

A Justiça de Campinas determinou a soltura da avó de criança recém-nascida que foi encontrada morta em uma lixeira no bairro Jardim Pauliceia na noite de segunda-feira (1°). A mãe da criança, uma adolescente de 17 anos, segue internada, mas teve a apreensão decretada.

De acordo com a decisão judicial, a avó deve comparecer a todos os atos do processo e está proibida de acessar e frequentar bares e lugares “de reputação duvidosa”, se ausentar da comarca de residência por mais de oito dias sem autorização e mudar de endereço sem informar em juízo.

Segundo a PM (Polícia Militar), uma pessoa estava coletando resíduos recicláveis no momento em que encontrou o bebê dentro de um saco de lixo. A mãe, que havia passado mal, estava sendo atendida pelo Corpo de Bombeiros neste momento.

Tratava-se de um bebê do sexo feminino, com cabelos, unhas, cordão umbilical cortado e com tamanho de cerca de 40 a 45 centímetros.  A catadora levou o bebê até o Corpo de Bombeiros e a PM foi acionada.

A mãe da adolescente contou aos policiais que a filha já estava em casa quando chegou do trabalho e que a adolescente se queixou de muita cólica e muita dor. Ela contou também que havia sido estuprada e achava ter ficado grávida, mas que ninguém sabia.

A adolescente ficou sozinha por cerca de 10 minutos no banheiro, quando chamou sua mãe novamente. Ela viu que havia um bebê dentro do vaso, aparentando já estar morto. Com medo, colocou em um saco e pediu para a outra filha, de dez anos, colocar em uma lixeira próxima.

"A genitora informa a informa que não sabia que sua filha estava grávida. A adolescente foi socorrida ao hospital Maternidade de Campinas, onde permaneceu internada, sem previsão de alta médica", informou a Polícia Civil.

O caso foi registrado como infanticídio, corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos e destruição, subtração ou ocultação de cadáver.

"Autoridade Policial deliberou pela prisão da indiciada e a apreensão da adolescente infratora", finalizou a Polícia Civil, que registrou o caso na 2ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher).

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