EXPULSÃO

Jovem que matou amiga com tiro no rosto é expulsa de faculdade de medicina em Campinas

Após a análise de uma denúncia, faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da estudante de 18 anos.

Por Leonardo Vieira | 17/02/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para a Sampi Campinas

Reprodução

Isabela foi morta aos 14 anos com um tiro no rosto
Isabela foi morta aos 14 anos com um tiro no rosto

Uma jovem de 18 anos foi expulsa, nesta semana, do curso de medicina da Faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas. A estudante foi condenada por matar uma amiga com um tiro no rosto, em Cuiabá (MT), em 2020. De acordo com a instituição “a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico".

Segundo a universidade, uma denúncia foi feita e o caso foi analisado internamente. A instituição considerou que a presença da aluna seria prejudicial ao ambiente e confirmou o desligamento nesta sexta-feira, 16.

O crime
Em 12 de julho de 2020, Isabele Ramos Guimarães, de 14 anos, foi atingida no rosto por um disparo de arma de fogo. O tiro foi efetuado pela melhor amiga, de 15 anos. A adolescente praticava tiro esportivo junto com familiares. O crime aconteceu em um condomínio de luxo de Cuiabá (MT).

A reconstituição do crime foi feita em 2020. Em agosto daquele ano, um laudo pericial apontou que quem matou Isabele estava com a arma apontada para o rosto da vítima, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura.

Inicialmente, o crime foi considerado doloso (quando há intenção ou se assume o risco de matar). A jovem foi conduzida a Fundação Casa, mas um pedido de habeas corpus foi concedido pela justiça, no mesmo dia.

Em 2022, a Justiça considerou o caso como um homicídio culposo (quando não há intenção de matar).

O que diz a faculdade
Em nota, a instituição afirma que: "Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), a Faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa.

A Faculdade tem como nortes a estabilidade de sua comunidade, a dignidade acadêmica e o respeito aos princípios éticos que regem o ensino superior, para o que se faz necessário afastar riscos à reputação e imagem da Instituição, construída ao longo dos últimos 30 anos".

1 COMENTÁRIOS

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  • Deboea
    19/02/2024
    As FA deviam ter tido esta mesma postura com o Bolsonaro, pra não se sujarem...