SERVIÇO PÚBLICO

Sinserm cobra auxílio e diz que aposentados foram esquecidos

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Melissa Lamonica, representante do Sinserm, em discurso na Câmara
Melissa Lamonica, representante do Sinserm, em discurso na Câmara

A crise enfrentada por aposentados e pensionistas do serviço público municipal voltou a ser tema de discussão na Câmara de Bauru na última segunda-feira (16), na esteira de promessa do governo municipal ao Ministério Público (MP) apontando para reforma na previdência.

Em discurso na tribuna, Melissa Lamonica, representante do Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm), defendeu a criação de um auxílio financeiro ao grupo. Já o vereador Arnaldinho Ribeiro (Avante), em fala posterior, cobrou mudanças na condução da Fundação de Previdência dos Servidores (Funprev).

No caso do Sinserm, a proposta é que a prefeitura institua um benefício de R$ 750,00 mensais a ser pago diretamente aos inativos. O valor, segundo a entidade, serviria como compensação pela extinção do vale-compras — cujo pagamento aos aposentados foi extinto na gestão Rodrigo Agostinho, que alegou na época recomendação judicial.

Lamonica citou relatos de aposentados que têm deixado de comprar medicamentos ou dividido um comprimido pela metade para conseguir estender o tratamento até o fim do mês.

Ela atribuiu o problema à administração municipal e afirmou que a promessa de criação de um auxílio feita durante a greve dos servidores em 2023 não foi cumprida. "Mais de dois anos se passaram. O que tivemos? Reuniões desmarcadas, desculpas esfarrapadas e ausência total de diálogo", afirmou.

A dirigente informou ainda que o departamento jurídico do sindicato deve encaminhar ao governo nos próximos dias um projeto de lei prevendo a criação do benefício. Segundo ela, a iniciativa do repasse não partiria da Funprev — que enfrenta dificuldades financeiras —, mas do orçamento do próprio município.

Um dos exemplos por ela mencionados é Marília, que também possui Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) e implementou auxílio semelhante, em torno de R$ 600,00.

Mais tarde, já durante a etapa dos oradores pessoais, o vereador Arnaldinho voltowu a demonstrar preocupação com a situação deficitária da Funprev.

Ele afirmou que a carteira da fundação caiu de R$ 700 milhões para cerca de R$ 450 milhões em curto intervalo de tempo. "É um rombo que só aumenta", declarou. Para ele, um nome do setor financeiro, com profundo conhecimento em investimentos, deveria ser nomeado para presidir a fundação.

Arnaldinho ainda defendeu a destinação anual de 1,5% do orçamento municipal, hoje na ordem de R$ 2,3 bilhões, a aposentados e pensionistas. Isso permitiria, segundo ele, repasse mensal de cerca de R$ 670,00 a título de auxílio.

Comentários

Comentários