
Além de operador de câmeras e cinegrafista da Record, o bauruense Marcelo Montalvão, de 42 anos, é um 'caça-tesouros'. Ele roda os municípios do Interior de São Paulo em busca de relíquias históricas. Em Águas de Santa Bárbara (104 quilômetros de Bauru), ele encontrou no Rio Pardo três mosquetes, armas de cano longo, que eram utilizadas no século 19, por exemplo. Elas serão restauradas por suas próprias mãos e integrarão uma futura exposição. Montalvão afirma que, na região de Bauru, esses armamentos eram usados com frequência por caçadores de indígenas durante a expansão territorial da época. Próxima aos mosquetes estava uma garrucha da mesma época.
O explorador de Bauru também achou, em suas aventuras recentes, uma moeda de 100 réis — usada nas primeiras décadas do século 20 — que estava submersa na Lagoa de Abraão, em Pederneiras, além de munições e cápsulas deflagradas de grosso calibre, encontradas na represa de Jurumirim, em Ourinhos. Esses achados, segundo ele, foram utilizados possivelmente durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
DETECTORISMO
Conforme o JC já divulgou em outras reportagens, Marcelo Montalvão utiliza ímãs de neodímio e detectores de metal. Em 2024, na lagoa da Quinta da Bela Olinda, ele encontrou um chassi de moto roubada, um revólver, bolsas, carteiras, facas, uma bicicleta infantil, celulares e diversas moedas antigas. De acordo com ele, detectorismo é o nome de seu hobby. Para tanto, ele usa um detector para buscar sinais metálicos e lança um ímã em corpos d'água para puxar objetos à superfície.
Montalvão costuma praticar essa 'caça-relíquias' junto ao turismo de aventura, que envolve se embrenhar na mata e explorar locais ermos, na companhia de sua esposa, Juliana Melchior. Nessas ocasiões, eles já encontraram uma onça na floresta e chegaram a se perder em um vale.