PETS

Proteger os animais é compreender suas necessidades


| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
É preciso educar as pessoas para que não ocorra o abandono, tornando cada cidadão responsável pelo seu animal
É preciso educar as pessoas para que não ocorra o abandono, tornando cada cidadão responsável pelo seu animal

Os cães são muito mais inteligentes do que pensam os humanos. É o que afirmam cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Em uma reportagem da revista "New Scientist", os pesquisadores afirmam que o melhor amigo do homem sabe contar e que tenta passar mensagens usando diferentes tipos de latidos.

Em geral, os cães latem alto quando são separados de seus donos. Já quando estranhos se aproximam ou a campainha toca, emitem latidos baixos e secos, explica a especialista em comportamento animal da universidade, Sophia Yin. Quando brincam, os sons são altos e espaçados.

Por isto, segundo a ambientalista Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News, não existem raças "problemas" e sim humanos que cuidam de cães, de raças ou não, de forma inadequada. Numa sociedade cada vez mais urbana e distante da natureza, poucas pessoas conseguem compreender a "linguagem" do seu animal e, por isto, acabam abandonando-o a própria sorte.

O grande desafio da causa dos animais é construir uma nova mentalidade, conduzindo as ações para que haja um amadurecimento no relacionamento entre as pessoas e os animais. Para que isto se torne possível, se faz necessário diferenciar responsabilidade social de caridade.

A responsabilidade social enfoca a busca da solução do problema, agindo diretamente na causa. A caridade investe na consequência, dificultando que o problema seja resolvido, pois não estimula a união de esforços para descobrir a verdadeira causa do problema. O assistencialismo é imediatista. A responsabilidade social é uma atitude que envolve determinação e persistência, que garante um futuro muito melhor.

Para Vininha F. Carvalho, o ideal não é apenas lutar para tirar os animais da rua. É preciso educar as pessoas para que não ocorra o abandono, tornando cada cidadão responsável pelo seu animal. "Precisamos dar futuro aos animais, e isto com certeza, não se faz através de esmolas, e sim, com conscientização de seus direitos, incidindo no adestramento adequado, que propiciará um convívio harmonioso", conclui.

Despertar a criatividade, através de novas ideias, ecoando nos corações sensíveis, conseguindo instalar nas mentes o desejo de amar e respeitar os animais é a meta a ser atingida. Agindo assim, formaremos uma legião de educadores, capazes de promover a posse responsável e o controle de natalidade.

Cinco Liberdades

Para entender a definição de bem-estar animal, é preciso conhecer as Cinco Liberdades. O conceito surgiu em 1965 no Reino Unido, a partir do Relatório Brambell, elaborado em resposta a preocupações sobre o bem-estar dos animais de criação. O Comitê Brambell foi estabelecido para investigar as condições dos animais em sistemas de produção intensiva. O relatório resultante recomendou que os animais tivessem liberdade de se levantar, deitar-se, virar-se, limpar-se e esticar seus membros. Esses conceitos evoluíram para as Cinco Liberdades, amplamente adotadas globalmente como um padrão para o bem-estar animal. São elas:

  • Liberdade de fome e sede, garantindo acesso a água e alimentação adequada;
  • Liberdade de desconforto, com um ambiente apropriado e área de descanso;
  • Liberdade de dor, lesões e doenças, com prevenção e tratamento rápido;
  • Liberdade de expressar comportamentos naturais, proporcionando espaço e companhia adequada; 
  • Liberdade de medo e estresse, assegurando um ambiente que evite sofrimento mental.

Comentários

Comentários