COM SPRAY DE PIMENTA

Sacerdote de um terreiro de umbanda denuncia ataque em Bauru

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Ocorrência foi registrada no plantão policial de Bauru; uma vizinha também procurou a unidade para denunciar o espaço por perturbação de sossego
Ocorrência foi registrada no plantão policial de Bauru; uma vizinha também procurou a unidade para denunciar o espaço por perturbação de sossego

Um sacerdote de terreiro de umbanda no Parque Vista Alegre, em Bauru, procurou a Polícia Civil neste domingo (23) para denunciar ataque sofrido na noite de sábado (23). Segundo ele, uma vizinha teria jogado spray de pimenta nos frequentadores do espaço, o que fez com que muitas pessoas passassem mal, interrompendo o culto. Uma moradora da região também procurou o plantão policial para registrar boletim de ocorrência (BO) por perturbação do sossego (leia abaixo).

O sacerdote contou ao JC que possui carteirinha emitida pela Federação de Cultos Afro-Brasileiros e Magias Ocultas (Flamb), além de alvará que permite a prática da atividade religiosa. De acordo com o BO registrado por ele, durante o culto que é realizado à noite, uma vizinha teria lançado spray de pimenta contra os frequentadores através do muro e da porta de entrada.

O dirigente espiritual conta que, no momento, havia cerca de 50 pessoas no local, incluindo crianças, e diz que atos de desrespeito contra o espaço já teriam ocorrido anteriormente, por meio de ameaças e críticas ao uso de tambores e elementos de defumação no terreiro, o que, na avaliação dele, representaria uma prática de intolerância religiosa em relação à umbanda.

"Está cada vez mais difícil expressar a nossa religião e a nossa fé dentro dessa cidade. E eu acho que é uma coisa que precisa ser divulgada porque, infelizmente, não tem praticamente ninguém para lutar pela gente", desabafou o sacerdote. A ocorrência, que foi registrada como ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo, será investigada pela Polícia Civil.

Outro BO

Na noite de sábado (22), uma mulher procurou o plantão policial para reclamar de suposta gritaria e sons altos de instrumentos musicais no terreiro de umbanda e registrar um boletim de ocorrência por perturbação do trabalho ou do sossego alheios. No documento, ela argumenta que já pediu ao locatário do imóvel para que maneirasse no volume de música e nos horários das reuniões, mas sem sucesso, e que a situação se tornou insustentável, o que a levará a procurar a Justiça.

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