ELE SEGUE PRESO

PM suspeito de matar homem em show em Marília irá a júri popular

Por Lilian Grasiela e Tisa Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/redes sociais
Hamilton Olímpio Ribeiro Junior, de 29 anos, foi atingido por disparos de pistola e não resistiu
Hamilton Olímpio Ribeiro Junior, de 29 anos, foi atingido por disparos de pistola e não resistiu

Marília - O policial militar Moroni Siqueira Rosa, suspeito de matar a tiros Hamilton Olímpio Ribeiro Junior, 29 anos, na madrugada de 31 de agosto de 2024, durante show da cantora Lauana Prado em rodeio em Marília (100 quilômetros de Bauru), irá a júri popular. A pronúncia do réu, que está preso preventivamente, ocorreu nesta segunda-feira (17). Além do homicídio triplamente qualificado, ele será julgado por dupla tentativa de homicídio em relação a outras duas pessoas que também foram atingidas e sofreram ferimentos.

Na decisão, publicada no dia 18, a Justiça manteve, ainda, a prisão do PM. "Trata-se de crime contra a vida que ameaça a tranquilidade social, pelo que deve ser mantida a prisão cautelar, com vistas a preservar a ordem pública, mormente diante de elementos que embasam nesta fase a pronúncia do acusado", diz nos autos. "Ademais, não houve alteração fática ou jurídica superveniente que justifique a concessão da liberdade provisória".

O advogado Mauro da Costa Ribas Junior, que defende o réu, avalia a pronúncia como injusta e diz que irá avaliar a viabilidade de interpor eventual recurso em sentido estrito ao Tribunal de Justiça (TJ). Segundo ele, provas carreadas aos autos indicam que Ribeiro Junior teria agredido seu cliente e tentado tomar sua arma e que o PM agiu em legítima defesa. "Ficou comprovado que Moroni não deu causa à briga que originou os disparos", afirma.

"E considerando que os disparos que atingiram as outras pessoas foram em decorrência do disparo que Moroni fez contra esse indivíduo que agrediu ele, ou seja, não houve o dolo direto contra as outras pessoas, a defesa entende que Moroni sequer poderia ir para júri porque o júri é responsável pelo julgamento de um crime doloso contra a vida. Então se atingiu essas pessoas de forma involuntária, estamos falando de um crime culposo".

Relembre o caso

Conforme divulgado pelo JC na ocasião, Moroni estava de folga, acompanhado da esposa e filha adolescente, no momento em que efetuou disparos com pistola Glock calibre .40 pertencente à corporação. Em seguida, foi contido por seguranças do evento e, após ser desarmado, acabou agredido por populares. Ele foi preso em flagrante e, com lesões, permaneceu internado sob escolta.

A cantora parou o show ao ouvir os tiros e correu para os camarins. O público entrou em pânico e teve início uma correria no recinto de exposições, em Lácio. Testemunhas disseram que, antes dos disparos, ocorreu uma discussão entre as partes. O soldado ingressou nos quadros da PM em novembro de 2014 e reside em Marília, mas está lotado no 4.º Batalhão de Caçadores, em Bauru.

Imagem mostra PM com arma apontada para a vítima
Imagem mostra PM com arma apontada para a vítima

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