TRIBUNAL DO JÚRI

Bauru: vigia que disparou dentro de empresa é absolvido pelo Júri

Por Bruno Freitas | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
JC Imagens
Julgamento foi no Fórum de Bauru
Julgamento foi no Fórum de Bauru

O Tribunal do Júri absolveu o vigilante de 40 anos que sofreu um surto durante o serviço em um frigorífico da cidade, fazendo um colega de trabalho refém, efetuando disparos dentro da empresa e, posteriormente, contra policiais militares. Ele foi baleado duas vezes no confronto ocorrido na madrugada de 6 de outubro de 2019. De acordo com os advogados de defesa, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile, após os debates no julgamento, os jurados reconheceram a inimputabilidade do réu à época dos fatos. O vigilante exercia a função havia oito anos no frigorífico e nunca havia apresentado comportamento semelhante.

"Em razão da inimputabilidade, na sentença o juiz reconheceu a absolvição imprópria, determinando que o acusado, em vez de cumprir pena privativa de liberdade (prisão), seja submetido a tratamento ambulatorial, com a fixação de medida de segurança pelo período mínimo de dois anos", explicou Leandro Pistelli.

O Tiroteio

De acordo com o Ministério Público, o vigia, na época com 35 anos, estava em seu expediente quando afirmou a testemunhas que estava sendo seguido e que indivíduos tentavam matá-lo naquele momento. Em surto, começou a atirar na guarita, rendeu um colega de trabalho e o desarmou. A vítima ficou sob ameaça de morte e foi mantida refém por quase duas horas, sendo obrigada a se despir completamente.

Ainda segundo o MP, a vítima ficou na mira de duas armas: uma apontada para sua cabeça e outra para a barriga.

Com a chegada da Polícia Militar, que cercou o local para conter o suspeito, ele efetuou disparos contra os policiais usando dois revólveres calibre .38. Nesse momento, aproveitando-se de uma distração, a vítima conseguiu fugir e se esconder atrás de um caminhão. O vigilante armado ainda tentou atirar no colega, mas errou o disparo.

Na troca de tiros, a PM baleou o atirador duas vezes: um projétil atingiu seu ombro esquerdo e outro, sua coxa esquerda. Nenhuma outra pessoa ficou ferida. O acusado foi socorrido e levado ao Pronto-Socorro Central, passou por cirurgia no Hospital de Base e, posteriormente, foi preso.

Os advogados Leandro Pistelli e Vanessa Mangile no julgamento do réu
Os advogados Leandro Pistelli e Vanessa Mangile no julgamento do réu

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