
Até a entrega, o magistrado determinou também o pagamento de lucros cessantes (quantia que se deixou de arrecadar ante o atraso na entrega do loteamento) aos autores, defendidos pelo escritório Freitas e Martinho, de Bauru.
Em termos práticos, a decisão desta quinta-feira (13) põe luz a um dos casos de maior impacto ao bolso de bauruenses.
Rodrigo Aidar, que defende a H. Aidar, disse ao JC na noite desta quinta-feira que a decisão já era esperada “há muito tempo pelas empresas”. “Estamos aguardando o juiz cumprir algumas finalidades e oficiar os órgãos para revalidar as licenças e outros documentos relacionados ao loteamento”, afirmou.
A princípio, segundo Aidar, o entendimento da defesa é de que o loteamento saia mesmo com o Pamplona tendo sido registrado em Agudos – medida que foi anulada porque o local do empreendimento estava situado em Bauru. “Se o município requisitar a gleba, leva junto com o loteamento, com o empreendimento”, explica.
Já André Bien, advogado da Assuã, diz que a sentença desta quinta “é uma luz no fim do túnel para nós”. “Há mais de 12 anos estamos aguardando uma decisão coerente como esta que foi proferida pela 5.ª Vara Cível. Era o que esperávamos; tanto que nossa defesa não discordou dos pedidos dos autores”, afirma.
A defesa do Pamplona Urbanismo, liderada por Adilson Sartorello, antecipa que ainda não foi notificada da decisão e que tomaria ciência a seu respeito. “E se for o caso, recorrer às vias adequadas”, disse ao JC. Sartorello salientou, porém, que o término da obra sempre foi o objetivo da Pamplona. “O que os empreendedores mais querem neste caso é a conclusão do Pamplona”, acrescentou.