JÁ TINHA ADVERTÊNCIA

Prefeitura é multada por incêndio em área irregular de descarte

Por Lilian Grasiela | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Luizinho Andretto
Dois dias após início do incêndio, fumaça podia ser vista de diferentes regiões de Jaú
Dois dias após início do incêndio, fumaça podia ser vista de diferentes regiões de Jaú

Jaú - A Prefeitura de Jaú (47 quilômetros de Bauru) foi multada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) em razão do incêndio que atingiu na madrugada do último dia 25 uma área do Centro de Promoção Municipal (Ceprom) utilizada pelo município para transbordo de materiais inservíveis e trituração de resíduos vegetais. O valor da multa é de R$ 44.424,00.

Em nota, a agência ambiental informou que, no último dia 31 de dezembro, o Executivo já havia sido penalizado com auto de advertência em função da disposição irregular de resíduos da construção civil, madeira, galhos e restos de móveis no terreno.

Na ocasião, de acordo com a Cetesb, houve a exigência para que o uso da área para descarte dos materiais fosse imediatamente interrompido e para que a prefeitura transportasse os resíduos até espaço previamente licenciado pelo órgão, o que não teria ocorrido.

No dia 26 de janeiro, um dia após o início do incêndio, um técnico da agência ambiental da Cetesb de Bauru foi até o Ceprom para vistoriar a área. Na ocasião, o órgão informou, por meio da assessoria de imprensa, que uma nova penalidade deveria ser aplicada.

Incêndio

Conforme divulgado pelo JCNET/Sampi, as chamas no Ceprom começaram durante a madrugada. Em nota, na ocasião, a Prefeitura de Jaú informou que "dadas as condições climáticas e o horário, não há indícios de que o fogo tenha começado de forma espontânea" e contou que a ocorrência está sendo tratada como um possível incêndio criminoso.

Equipes de diversas secretarias atuaram de forma coordenada com Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e empresas Eixo e Raízen para conter o fogo, que durou alguns dias e fez com que moradores de vários bairros sofressem com a fumaça.

Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente (Semeia) informou que irá recorrer da multa por considerar que o incêndio foi de origem criminosa. "Destaca-se que, desde novembro, há um contrato vigente com uma empresa especializada para a retirada dos resíduos e seu encaminhamento a aterro sanitário", afirma.

"Além disso, a Semeia esclarece que existe um processo administrativo detalhando todas as ações adotadas pela pasta ao longo dos últimos dois anos e meio, incluindo a aquisição de um triturador de galhos, a contratação de empresa para destinação adequada dos resíduos e a obtenção do licenciamento ambiental".

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