CULTURA

Zemeckis e Tom Hanks voltam aos tempos de Forrest Gump em Aqui

da Redação
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Reprodução
Tom Hanks e Robin Wright retomam antiga parceria
Tom Hanks e Robin Wright retomam antiga parceria

Com o drama meloso e sensível de "Forrest Gump: O Contador de Histórias", Robert Zemeckis conquistou seis estatuetas do Oscar, US$ 678 milhões em bilheteria e um lugar na lista do Instituto Americano de Cinema dos cem melhores filmes produzidos nos Estados Unidos.

De lá para cá, entre erros e acertos, o diretor se aventurou por uma miríade de gêneros e, três décadas depois, chegou ao trabalho que mais se aproxima do longa de 1994. Em "Aqui", Zemeckis repete não só o tom, mas outros elementos que ajudaram a eternizar "Forrest Gump". Ele retoma, por exemplo, a parceria de longa data com o compositor Alan Silvestri, que emula a trilha sonora noventista nesta nova incursão. Põe, em cena, Tom Hanks e Robin Wright para trocar juras de amor e palavras ásperas. Por fim, usa sua câmera para mais uma vez criar uma crônica da história dos Estados Unidos ?agora, a partir de um só endereço. Adaptação do quadrinho homônimo de Richard McGuire, "Aqui" está mais preocupado com o seu cenário do que com seus personagens. O filme acompanha fragmentos da vida de várias pessoas que habitaram um mesmo endereço, em diferentes momentos da história. "A única constante da vida é que ela muda", completa Zemeckis.

"Não é que eu seja fascinado pelo tempo, mas qualquer história que lide com a manipulação dele fica melhor no cinema. O cinema é, por si só, uma arte que se aproveita dele. Nós, enquanto diretores, escolhemos uma janela de tempo dentro de nossas histórias, negamos ao espectador acesso ao que está fora dela", diz o cineasta. Das lentes da câmera estática, vemos as vidas de Richard e Margaret, os personagens de Hanks e Wright, avançarem da adolescência até a terceira idade. Observamos o nascimento de seu filho, a morte de seus pais e, numa das cenas mais tocantes, um colapso quando ela assopra as velhinhas de seu aniversário de 50 anos e percebe que, como o espectador, ficou presa naquela casa, sem realizar sonhos ou conhecer o mundo. Em "Aqui", Hanks e Wright foram rejuvenescidos usando inteligência artificial.

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