A devastação causada pelo incêndio no Pico das Cabras, em Campinas, foi capturada em imagens impactantes pelo fotojornalista Carlos Bassan. O incêndio, que começou em 9 de setembro e consumiu 120 hectares de uma das mais importantes áreas de preservação ambiental da cidade, foi finalmente controlado neste domingo, 15. Apesar das chamas terem sido extintas, as marcas deixadas pelo fogo ainda impressionam.

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Em entrevista ao FPX Cast, o experiente fotógrafo contou detalhes da cobertura que destruiu parte da área de preservação do Distrito de Joaquim Egídio. "Eu nunca fotografei uma guerra, mas a impressão que tive ao ver a área queimada foi de estar em uma zona de conflito. A devastação é triste e assustadora, mas ao mesmo tempo as fotos que fiz carregam uma beleza, pois mostram a minha emoção", compartilhou Bassan ao relatar a experiência de fotografar a área destruída.

Bassan descreveu o impacto de sobrevoar a área com um drone. "Quando você levanta o drone e vê o tamanho da encrenca, não tem como não fazer uma fotografia impactante. A visão panorâmica lá de cima revela a grandiosidade do estrago, e os detalhes, como o contraste entre a área verde e as cinzas, são o que marcam a foto. E o detalhe era a mão". A mão que se refere o fotógrafo é de uma enorme escultura que fica no Museu de Astronomia, que teve a vegetação atingida. A imagem passa a impressão de um “pedido de ajuda”.

O incêndio atingiu gravemente a vegetação ao redor do Pico das Cabras, com o fogo atravessando faixas de terra que pareciam intransponíveis. "Você jamais imagina que o fogo vai atravessar de um lado para o outro, mas atravessou, e o estrago foi muito maior", afirmou Bassan. As imagens capturadas pelo fotógrafo mostram a realidade de uma seca severa, intensificada pelas mudanças climáticas, e como os incêndios estão se tornando uma ameaça crescente às áreas de preservação.