O JCNET adiantou, no início da semana, que Bauru enfrentaria condições extremas e já nesta quarta–feira (4) os termômetros registraram um novo recorde de calor. A cidade atingiu 37.3° graus celsius às 15h20 — a maior temperatura de 2024. A umidade relativa do ar, por sua vez, chegou a patamares de clima de deserto, com 9%, às 13h35. O recorde de calor, até o momento, era de 37.2°, em janeiro deste ano . Os dados são do Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet).

Nos próximos dias, as temperaturas não devem arrefecer. Segundo o IPMet, a máxima desta quinta-feira (5) será de 38° graus celsius. Na sexta-feira (6), o termômetro poderá marcar até 36 graus. Já no sábado (7) e domingo (8), a máxima será de 39 e 38 graus, respectivamente. A umidade relativa do ar se manterá entre 11% e 20% nestes mesmos dias (veja detalhes abaixo).

O motivo do calor, de acordo com o Centro, é a presença da massa de ar seco que inibe a formação de nuvens de chuva no Estado de São Paulo e mantém o céu com pouca nebulosidade. As temperaturas continuam elevadas na maior parte do Estado e a umidade do ar segue baixa, com percentuais abaixo dos 20% em várias localidades do Interior paulista.


Reprodução/IPMet

Umidade

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o índice de umidade relativa do ar considerado ideal é de 50% a 80%. Níveis inferiores a 30% já são considerados preocupantes e, abaixo, de 12%, configuram estado de emergência, em que precisam ser suspensas atividades ao ar livre entre 10h e 16h e aglomerações em recintos fechados, por exemplo.

O cenário se estende por boa parte do território brasileiro, o que levou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a emitir um alerta amarelo de perigo potencial, válido a partir das 12h desta terça-feira (3) até 18h de quinta (5). No Estado, a onda de calor atingirá praticamente todas as cidades paulistas, com exceção das litorâneas, elevando as temperaturas em cerca de 5 graus acima da média.

A MetSul Meteorologia também advertiu para uma "onda de calor excepcional" em grande parte do Brasil durante a primeira metade de setembro. "Será um período prolongado de calor excessivo em vários estados e que afetará todas as regiões do País com marcas de 40 graus a 45 graus em uma extensa área do território nacional, o que fará deste setembro um dos mais quentes já registrados no Brasil", destacaram os meteorologistas.