O advogado José Clemente Rezende, ex-vereador e ex-presidente do DAE, não será o candidato do partido Novo à Prefeitura de Bauru nas eleições municipais de 2024. A informação foi antecipada ao vivo, na manhã desta sexta-feira (19), pelo presidente estadual da legenda, Ricardo Dias, no Programa Café com Política, uma parceria do Jornal da Cidade, JCNET e rádio 96FM. A convenção municipal da sigla ocorre neste sábado (20).

Conforme o JCNET noticiou no início de maio, o Novo lançou a pré-candidatura de Clemente ao Executivo, tendo como possível candidato a vice o vereador Coronel Meira, que se filiou à legenda neste ano. No final do mês, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve uma condenação de Clemente por improbidade administrativa em Lençóis Paulista. Na ação, Clemente e sua empresa são réus por virtual envolvimento em licitação irregular na Câmara de Lençóis Paulista. A situação jurídica barrou o nome de Clemente neste pleito, pela sigla. No Café com Política, Ricardo Dias destacou que o Novo tem um estatuto em âmbito nacional que veda candidatura de partidários que respondem judicialmente por improbidade administrativa.

Clemente e a empresa RH, da qual era proprietário, chegaram a ser absolvidos em primeiro grau. Mas o Tribunal de Justiça reformou a sentença. O acórdão saiu já há algum tempo e o TJ analisou agora um recurso sobre a decisão inicial - que acabou mantida. O ex-presidente do DAE afirmou ao JC que vai recorrer da decisão e ressaltou que a condenação, sobre a qual ainda há recursos pendentes, não impediria sua candidatura. Isso porque a Lei da Ficha Limpa, recorda ele, só considera inelegíveis aqueles condenados em órgão colegiado por lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. No caso de Clemente, estaria configurada apenas lesão ao patrimônio (dano ao erário, no caso).