RETA DECISIVA

Convenções começam no sábado com 8 pré-candidatos a prefeito

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 4 min
O 1º turno será no dia 6/10 e o 2º em 27 de outubro. Convenções definem candidatos dos respectivos partidos/grupos a serem apoiados no caso da majoritária
O 1º turno será no dia 6/10 e o 2º em 27 de outubro. Convenções definem candidatos dos respectivos partidos/grupos a serem apoiados no caso da majoritária

As convenções partidárias, quando os partidos definem seus candidatos a prefeito, vice e vereadores - ou as chapas majoritárias que vão apoiar -, começam oficialmente neste sábado (20) e vão até dia 5 de agosto em todos os municípios brasileiros.

Neste sábado, por exemplo, há convenção do Novo em Bauru, evento com a candidatura a prefeito do advogado, ex-vereador e ex-presidente do DAE Clemente Rezende ainda sob forte indefinição.

Clemente passou pelos processos internos de triagem e seleção no Novo e já estava definido como pré-candidato a prefeito. Mas pendências judiciais geraram discussão interna que teriam culminado com o veto à pré-candidatura. Todas as opções ainda estão sobre a mesa, disse ao JC um integrante da direção da legenda no município. O pré-candidato disse que só se manifestará após a convenção.

Existe a possibilidade, segundo apurou o JC, de que o Novo componha com o União Brasil para indicar como vice Coronel Meira na chapa da vereadora Chiara Ranieri à prefeitura.

A situação não deixa de ser inusitada: Meira, afinal, se viu praticamente obrigado a deixar o União porque a legenda via risco de debandada de pré-candidatos caso o partido mantivesse dois nomes que já têm mandato - Meira e José Roberto Segalla - na disputa à vereança. Lembrando que o Novo tem também o vereador Eduardo Borgo, que deve ser candidato à reeleição.

A convenção do União deverá ocorrer no dia 1 de agosto, mas ainda não está convocada. Chiara Ranieri deve contar com o PSB na aliança, possivelmente a Federação do PSDB. PDT, Solidariedade e Novo também estão no radar do União.

O PSD, da prefeita Suéllen Rosim, por sua vez, se reúne no dia 27 de julho para confirmar a candidatura da mandatária à reeleição. O vice Orlando Costa Dias (PP) deve ser reconduzido à chapa pelo mesmo cargo.

No caso de Suéllen, a indicação à reeleição é caminho natural à prefeita - ela demorou, no entanto, a admitir que ingressaria na disputa. O maior dilema envolveu a vaga à vice: o MDB, por exemplo, chegou a cogitar a possibilidade de indicar nome próprio, mas houve resistência da própria chefe do Executivo.

O Podemos, de Dr. Raul, enquanto isso, promoverá sua convenção em 3 de agosto. Raul, que vai liderar a candidatura majoritária pela legenda, terá na vice a pastora Graziela Galvão, indicada pelo PL, do deputado federal Capitão Augusto.

Graziela pertence à Igreja do Evangelho Quadrangular e é também integrante do Conselho Tutelar de Bauru - cargo do qual se desincompatibilizou para disputar as eleições. Na prática, o nome de Graziela não deixa de ser uma forte adversária de Suéllen dentro do público evangélico.

A federação PT-PCdoB-PV, por seu turno, se reúne dia 27 de julho - mesma data do PSD de Suéllen - para definir candidato.

O caso da federação é emblemático: a princípio falou-se no nome do presidente do PT Cláudio Lago para disputar a majoritária, mas outra ala do partido, com aval da direção estadual da federação, conseguiu emplacar Clodoaldo Gazzetta, ex-prefeito, como candidato à prefeitura. Nos últimos dias, porém, a pré-candidatura de Gazzetta balançou e ele pode anunciar a desistência nos próximos dias. Neste caso, o PT voltaria a ter a primazia do cabeça-de-chapa, com Cláudio Lago sendo o candidato a prefeito.

Já a federação PSDB-Cidadania ainda tem pendências a resolver antes de convocar a convenção. A direção da federação deve ser alterada dentro de alguns dias, segundo apurou o JC, por causa de incompatibilidades na formalização da primeira nominata.

O estatuto da federação diz que a direção em cidades com mais de 200 mil habitantes deve ser composta por 11 membros titulares e três suplentes - a atual tem apenas seis - e que a divisão de cadeiras seja definida a partir da proporção de votos na última eleição.

Isso significa, em outras palavras, que o PSDB deve ter maioria no comando da Federação, o que abre caminho para que a aliança apoie a candidatura de Chiara. A medida vem após desgaste no grupo ante à pretensão do Cidadania de apoiar a prefeita Suéllen Rosim - apoio contra o qual os tucanos se manifestaram desde cedo.

O PDT, por sua vez, promove sua convenção dia 28 de julho e deve confirmar a indicação do urbanista e professor universitário José Xaides à disputa eleitoral.

Pedetistas defendem o lançamento de uma "chapa pura" à disputa eleitoral - com candidato a prefeito e vice do PDT -, mas também não descartam eventuais composições a depender do cenário. Essa última hipótese é mais improvável: a vice, ao que tudo indica, será a professora Ana Maria Daibem.

A Federação PSOL-Rede Sustentabilidade deve lançar, por sua vez, a candidatura a prefeito do professor Marcos Chagas em convenção no dia 28/7, um domingo.

Mas a primeira legenda não deve apoiar na prática o nome de Chagas: o JC apurou que a Rede vai usar a cláusula da livre consciência, prevista no estatuto da federação, para que filiados apoiem outros nomes. Na semana passada, aliás, o coordenador regional da Rede, Edilson Marciano, se reuniu com Gazzetta para discutir a conjuntura municipal.

O MDB, presidido por Rodrigo Mandaliti, que deve apoiar a reeleição de Suéllen Rosim, se reúne em 3 de agosto para a convenção.

Por fim, o Agir, do pré-candidato a prefeito Izzo Filho, fará sua convenção também em 27 de julho.

Comentários

Comentários