Frente à quase 30 dias sem chuvas e à baixa umidade relativa do no ar, a Defesa Civil de Bauru informa que, entre janeiro e junho deste ano, um total de 5 mil hectares foram queimados no município e cidades vizinhas em um raio de 50 quilômetros. A extensão equivale a 7.002 campos de futebol. Trata-se do dobro dos 2.500 hectares consumidos pelas chamas em 2023 inteiro, acrescenta o órgão.

O problema impacta a população de diversas formas: é capaz de prejudicar a visibilidade no trânsito, dissipa fuligens que causam problemas respiratórios, sem contar nos prejuízos à fauna e à flora.

“Essa quantidade enorme se deve à falta de consciência de pessoas que ainda cultivam o ato primitivo de atear fogo para promover limpeza de terrenos e também pelo efeito climático, que antecipou a seca. Em Bauru e região, a quantidade de capim seco é muito grande”, comenta Marcelo Ryal Dias, coordenador da Defesa Civil em Bauru.

Ainda segundo Ryal, a tendência é de que até agosto estes números aumentem significativamente. Nesta segunda-feira (24), mesmo quem não se deparava com fumaça era capaz de senti-la em vários bairros da cidade. Próximo ao acostamento do quilômetro 2 da Nações Norte as chamas se alastravam, por exemplo. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros, mas houve moradores das imediações que se incomodaram.

No domingo (23) também houve incêndio em mato, de grandes proporções, no acostamento do quilômetro 350 da rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), a Bauru-Marília, próximo ao pesqueiro Sakai, no Distrito Industrial 3. No mesmo dia também, uma queimada atingiu a vegetação situada na entrada do bairro Vargem Limpa, às margens da rodovia Cezário José de Castilho (SP-321), a Bauru-Iacanga.

RECOMENDAÇÃO

A Defesa Civil pede à população que evite atear fogo em qualquer hipótese, uma vez que as chamas podem se alastrar e resultar em incêndios de grandes proporções, ameaçando inclusive a vida de pessoas, animais e a estrutura de imóveis.

DENÚNCIA

Denúncias podem ser feitas pelo e-mail meioambiente@bauru.sp.gov.br, pelo telefone da Semma, (14) 3234-6849 e 3223-3928. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros também podem ser acionados, pelos números 190 e 193.

No ato da denúncia, devem ser informados o nome do bairro, da rua, o número da quadra e do terreno ou residência. Caso o local não possua numeração, é preciso indicar um número de referência para identificação do local, como por exemplo, o número de uma casa ao lado ou em frente.