EM BAURU

Mães reclamam de qualidade de uniforme e comissão pedirá perícia

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Pedro Romualdo/Câmara de Bauru
Da esquerda para a direita, Bira, Meira, Estela, Chiara, Berriel, Lokadora e Afonso; ao fundo, mães de alunos
Da esquerda para a direita, Bira, Meira, Estela, Chiara, Berriel, Lokadora e Afonso; ao fundo, mães de alunos

Mães de alunos matriculados na rede municipal de ensino reclamaram em reunião pública realizada nesta terça-feira (7) da qualidade dos uniformes fornecidos pela Secretaria de Educação para o ano letivo de 2024.

O encontro foi promovido conjuntamente pelas comissões de Fiscalização e Controle, Justiça e de Educação na esteira das investigações em torno das compras dos uniformes e também dos materiais escolares.

Vereadores suspeitam de possível superfaturamento. Os uniformes comprados pelo secretário Nilson Ghirardello, por exemplo, são exatamente os mesmos do ano passado. Mas custaram até 90% a mais aos cofres públicos de Bauru.

Três mães foram ouvidas nesta terça na reunião das comissões. Uma delas afirmou que as peças entregues pela Educação encardem mais do que aquelas entregues no ano passado e que as manchas de terra dificilmente saem.

"Tenta lavar para você ver. O que era quatro vira dois", disse a mãe, sinalizando que os uniformes têm encolhido após serem lavados. Procurada pelo JC na tarde de ontem, a Secretaria de Educação não respondeu até a conclusão desta edição.

O problema foi relatado também por outra mãe, cuja filha estuda na escola Leila Berriel. Ela levou à Câmara dois modelos de uniforme - um do ano passado e outro, deste ano - com a mesma numeração.

A diferença entre eles é patente - segundo ela, a peça para 2024 encolheu já na primeira lavagem. Uma mulher, mãe de três filhos, afirmou que um deles ainda nem recebeu o kit completo de uniformes, apenas os calçados. As outras, enquanto isso, receberam dois kits cada uma. "A minha de 6 anos recebeu o número 6 que parece o número 8", afirmou. "E ainda precisa colocar uma blusa por baixo porque a roupa é bastante transparente", relatou. As mães também reclamaram sobre as papetes - sapato estilo "Crocs" - distribuídos às crianças.

"Minha filha foi à escola e me ligaram duas horas depois pedindo para levar um sapato novo. Porque a papete formou uma bolha no pé", lamentou uma mãe. Outra, por sua vez, afirmou que o sapato é inadequado e que sua filha chegou a cair ao utilizá-lo.

A vereadora Estela Almagro (PT), que presidiu a reunião, afirmou que as comissões devem pedir uma perícia dos uniformes à Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP para averiguar se estão de acordo com as especificações do edital e se houve ou não sobrepreço nas aquisições - medida que também está sendo feita pelo Ministério Público.

Também participaram do encontro desta segunda os vereadores Coronel Meira (Novo), Chiara Ranieri (União Brasil), Guilherme Berriel (PSB), Júnior Lokadora (Podemos), Pastor Bira (Podemos) e Marcelo Afonso (PSD).

Comentários

2 Comentários

  • Tati 08/05/2024
    Chiara está pronta pra ser prefeita pois entende da administração pública e amadureceu!
  • Hugo 08/05/2024
    Vixe... papete dá um chulé! Já já a professora não conseguirá entrar na sala de aula... sem contar, que crianças correm e aí, com papete poderão cair... são ideias de girico, certas escolhas que fazem com cabeças de adultos. Ainda bem que existe a fiscalização!