RISCO

Nível do Batalha tem nova queda e estiagem prolongada gera alerta

Lagoa de captação chegou a 2,04 metros na manhã desta segunda (6); sem previsão de chuvas, DAE irá analisar medidas nesta segunda

05/05/2024 | Tempo de leitura: 2 min

César Oliveira

Lagoa de captação de água do Batalha em janeiro, quando também chegou a níveis críticos
Lagoa de captação de água do Batalha em janeiro, quando também chegou a níveis críticos

A lagoa de captação do Rio Batalha atingiu, na manhã desta segunda-feira (6), nível crítico de 2, 06 metros, 1, 14 metro abaixo do ideal para garantir o pleno abastecimento das cerca de 100 mil pessoas que dependem dessa água, na cidade. Para se ter ideia, na noite de sexta-feira (3), o manancial registrava 2,53 metros de profundidade, ou seja, em cerca de 48 horas, a queda foi de 47 centímetros, o que gera alerta para o risco de decreto de racionamento.

A probabilidade de anúncio do rodízio é ainda maior porque, segundo o Centro de Meteorologia de Bauru (IPMet), não há previsão de chuvas em Bauru ao menos até sábado (11). Já o Climatempo informa que não deve haver precipitações no município pelo menos nas próximas duas semanas, até o dia 19.

Por meio de nota, o DAE informou que a Estação de Tratamento de Água (ETA) já está funcionando apenas com duas bombas, com volume de 350 litros distribuídos por segundo, sendo ideal a operação com três bombas e 450 litros por segundo. Nesta segunda-feira, segundo a assessoria de imprensa da autarquia, a situação da lagoa voltará a ser analisada para definição das medidas a serem adotadas.

A estiagem prolongada é provocada pela atuação de uma massa de ar seco e quente, que inibe a formação de nuvens associadas à chuva. Também por conta deste fenômeno, as temperaturas se manterão elevadas à tarde, chegando a 33 graus, com baixos índices de umidade relativa do ar, outros agravantes para o esvaziamento da lagoa de captação.

Segundo o DAE, técnicos da Divisão de Produção e Reservação da autarquia monitoram os níveis dos reservatórios em tempo real, realizando manobras em bombas, registros e interligações para equilibrar o abastecimento da população.

Com a queda do nível da lagoa, o fornecimento de água à Vila Falcão, Vila Alto Paraíso, Parque Viaduto, Quinta Ranieri, Parque Sabiás, Jardim Terra Branca, Jardim Ouro Verde e adjacências (áreas 100% abastecidas pelo sistema ETA/Batalha), bem como ao Centro, Jardim Estoril, Altos da Cidade, Vila Universitária, Jardim. Bela Vista e Vila Industrial (áreas reforçadas pelo sistema ETA/Batalha) poderá ser prejudicado em períodos de elevada temperatura e demanda por água.

A conscientização da população é fundamental para a recuperação do manancial e normalização do abastecimento. É essencial priorizar o uso da água para a alimentação e higiene pessoal, evitando o desperdício de água potável em banhos prolongados ou com lavagem de carros, calçadas, louças e roupas com a torneira sempre aberta.

Consumidores que não possuem reserva domiciliar obrigatória podem enfrentar o desabastecimento por períodos mais extensos. O DAE recomenda que cada residência mantenha uma reservação de água potável com capacidade para suprir as necessidades de seus moradores por, no mínimo, 24 horas.

Em casos emergenciais de falta de água, caminhões-pipa podem ser solicitados à Seção de Atendimento ao Público (SAP) por meio do número 0800 77 10 195, disponível 24h por dia, todos os dias da semana, para chamadas de telefone fixo e celular.

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