OPINIÃO

Dignidade da fala

Por Paulo Hayashi Jr. | 01/02/2024 | Tempo de leitura: 1 min

O autor é doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp

As pessoas são gregárias por natureza. Depende do outro como uma espécie de vantagem competitiva sobre as demais espécies. Por meio do trabalho em equipe e pela colaboração, o ser humano consegue superar outros animais e se adaptar às intempéries e obstáculos do meio ambiente.

Todavia, é fundamental que a comunicação seja eficaz para que a compreensão maior ocorra. Mais do que a precisão e a clareza da razão, a essência da proximidade dos corações e afetos. Pessoas distanciadas precisam gritar para que o próximo possa escutar.

Mas àqueles vizinhos em afeto podem sussurrar que as meias palavras são compreendidas. É o ouvido de mãe que entende e se faz de entendida mesmo com muitos ruídos ao redor.

Devido a importância da comunicação para as relações interpessoais, Herder, filósofo alemão do século XVIII, já postulava que "o ser humano é um produto da língua".

Por meio da qualidade da comunicação e da fala, pode-se ter uma ideia do interior da pessoa. A conduta como o espelho de seus pensamentos, crenças e emoções internas. O aprimoramento do indivíduo passa então, necessariamente, pela substituição das arestas pessoais.

A palavra construtiva ao invés da crítica destrutiva. O pensamento brilhante ao contrário do pernicioso. As crenças transcendentes ao invés das limitadoras.

Mais do que buscar as mudanças exteriores e das convenções sociais, que o indivíduo busque primeiro se renovar em seu interior.

O mundo será transformado através da mente que vibra na generosidade e no amor.

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