A seguir, eu tiro todas suas dúvidas sobre essa técnica!

Transplante ou implante: qual é a diferença?
O transplante capilar é um procedimento no qual folículos capilares saudáveis são removidos de uma área doadora, geralmente da região posterior da cabeça (onde o cabelo é mais resistente à queda), e são transplantados para a área receptora, onde há queda de cabelo ou rarefação capilar. Esses folículos transplantados são geneticamente resistentes à queda de cabelo.

Depois de alguns meses de feito o transplante, o cabelo volta a nascer e o aspecto é natural.

Já o implante capilar é um procedimento não cirúrgico que envolve a aplicação de cabelo artificial ou sintético na área calva ou com rarefação capilar. Os implantes capilares podem ser feitos de diferentes materiais, como fibras sintéticas, cabelo humano ou animal. No entanto, os implantes capilares artificiais não têm a mesma aparência natural e durabilidade dos cabelos transplantados durante um transplante capilar.

Quem pode fazer transplante capilar?
A opção do transplante é indicada para qualquer pessoa maior de idade, que tenha calvície e uma boa região doadora dos folículos pilosos para a realização do procedimento. Alopecias causadas por tração ou queimaduras também são áreas tratáveis pelo transplante capilar, desde que exista uma área doadora de folículos.

E tem mais: é preciso estar com a saúde em dia para conseguir se submeter ao procedimento sem maiores problemas, já que se trata de uma cirurgia, mesmo que minimamente invasiva. Nesse sentido, é natural e necessário que seu médico peça exames antes de fazer o procedimento.

A principal restrição para o transplante é quando a calvície é mais extensa, o que não proporciona uma área doadora necessária para a realização do transplante. Outros fatores serão analisados durante a avaliação com o profissional e, dependendo da causa real do problema, pode ser indicado outros tratamentos.

Mulheres também podem fazer?
Podem fazer sim, desde que sejam mantidos os mesmos cuidados, como os exames de check-up, e contando que existam regiões doadoras de folículos pilosos.

Hoje em dia, mais mulheres têm buscado fazer o procedimento, ainda mais em casos que ajudam a diminuir o tamanho da testa, deixando o rosto mais harmonioso.

Quando é a hora de fazer transplante capilar?
Se você percebe que seu cabelo está diminuindo, é hora de buscar ajuda médica. Não espere a calvície chegar com tudo, porque, sem áreas doadoras, ou seja, áreas com cabelo, não há possibilidade de fazer o transplante.

Lembre-se de que o procedimento só pode ser indicado por um profissional. Sendo assim, apenas fazendo uma avaliação minuciosa será possível determinar qual o melhor tratamento para cada caso. 

Vale salientar que o transplante capilar não costuma ser a primeira alternativa de tratamento para casos de queda capilar. Sendo que a reposição vitamínica, tratamentos com medicamentos, terapia regenerativa, tricoscopia digital, mesoterapia capilar e uso de lasers são outras alternativas que podem substituir a cirurgia, desde que o caso seja menos grave.

A cirurgia acaba sendo a opção mais em último caso mesmo, ok?

O resultado é permanente?

Podemos dizer que é “quase” definitivo — isso se houver acompanhamento e tratamento pós-operatório em consulta de dermatologia. 

O sucesso do transplante, se efetuado por um médico qualificado e houver uma correta seleção do paciente, é muito elevado. A maioria dos casos de insucesso devem-se à realização do transplante em pacientes sem indicação, por isso, um médico especialista na técnica se faz essencial.

Quem é o especialista indicado para fazer o procedimento?
Tanto dermatologistas como os cirurgiões plásticos são indicados a fazer transplante capilar desde que tenham treinamento específico na área.

Se a queda de cabelo anda incomodando você, não espere muito. Marque logo com seu médico de confiança. Como você viu, além do transplante, há vários outros tratamentos!

Um grande abraço e até a próxima semana

Daniela Hueb

Médica, CRM-SP 96.027