"Chegam tristes por conta do diagnóstico e o sino é um o momento de alegria", comenta. Ela obteve o sino por meio de uma conversa com a equipe da oncologia. Depois, a paciente Luciana Peleja Carvalho fez a doação. Quando tentava engravidar, Luciana descobriu um carcinoma no útero, em 2021. Foi quando ela e o marido decidiram procurar o tratamento de fertilização in vitro, porque não conseguia engravidar e não havia um motivo aparente.

DIAGNÓSTICO

"Fizemos todos os exames preparatórios para a fertilização, e aí a gente descobriu", lembra Carvalho. Em outubro de 2022, Luciana passou muito mal e nos exames constatou que seu útero estava com pontos de necrose e o ovário esquerdo com 17 centímetros. Precisou retirar útero e ovário. Em seguida, começou a quimioterapia. Durante o tratamento, conta ter olhado para os pacientes e, percebendo onde Deus tinha lhe trazido, pensou: "Não é à toa que eu estou aqui e eu preciso fazer algo por esse lugar e pelas pessoas".

Para Luciana esse sino não é apenas um símbolo, mas também um estímulo aos que estão passando pelo tratamento, de modo que, como ela, possam ter a força, determinação e entendam a vida como ciclos. O sino nada mais é do o término de um, o da quimio, o que é uma vitória. "Cada um que tocar esse sino sabe o que passou em casa, porque aqui é só um pedacinho", relata.

EQUIPE

A Oncologia do Hospital Estadual de Bauru atende, em média, 1.300 pacientes por mês, entre adultos e crianças. São cerca de 1.700 sessões de quimioterapia, mensalmente. Para Simone Adorno, supervisora da quimioterapia do HEB, o encerramento da quimioterapia é um momento de alegria para toda a equipe que acompanha o dia a dia dos pacientes na unidade.