
Tudo é superlativo em Dubai. O prédio mais alto do mundo, o maior shopping do mundo, um dos hotéis mais luxuosos do mundo etc. De fato, a cidade parece ser feita para impressionar, com seus edifícios de projetos arquitetônicos grandiosos, arranha-céus iluminados de cima a baixo e outdoors gigantescos.
É possível ter uma boa dimensão de tudo isso a partir do andar panorâmico do Burj Khalifa, prédio mais alto do mundo que fica dentro do maior shopping do mundo, o Dubai Mall. Com 828 metros de altura, o arranha-céu tem quase o dobro do tamanho do Empire State Building (443 m), em Nova York.
O terraço panorâmico ao qual o turista tem acesso, no entanto, fica a "apenas" 555 metros do chão, uma viagem de elevador de um minuto. Os ingressos mais baratos custam o equivalente a R$ 200 (crianças pagam um pouco menos).
O acesso ao prédio se dá pelo Dubai Mall. Com mais de 500 mil metros quadrados, cerca de 1.200 lojas e 160 restaurantes e lanchonetes, foi inaugurado em 2008 como o maior shopping do mundo em área total, segundo o Guiness World Records - um shopping inaugurado em 2018 em Teerã, no Irã, diz ter ultrapassado o Dubai Mall, título ainda não reconhecido pelo livro dos recordes.
É lá que fica a famosa fonte em que ocorre um show de águas a cada 30 minutos, entre as 18h e as 23h. Estamos em Dubai, então obviamente não poderia ser uma fonte qualquer. Dizem os organizadores que é a maior fonte coreografada do mundo - o espetáculo, diante de tamanha expectativa, pode decepcionar os visitantes mais empolgados.
Segundo o livro dos recordes, contudo, a maior fonte do mundo não é a do Dubai Mall, mas, sim, uma inaugurada em outubro de 2020 - em Dubai, claro. A The Palm Fountain fica situada na Palm Jumeirah, a famosa ilha artificial em formato de palmeira repleta de resorts e propriedades de luxo.
Cosmopolita, Dubai harmoniza a tradição islâmica com hábitos ocidentais. Nas ruas e nos shoppings, homens com vestes tradicionais (o "thawb") e mulheres de niqab convivem com fashionistas em roupas das mais famosas grifes europeias, como Gucci, Balenciaga e Hermès - todas essas, aliás, com lojas grandiosas nos principais centros comerciais da cidade.
Nas praias, hábitos ocidentais ficam ainda mais em evidência. Jovens se bronzeiam de biquíni enquanto rapazes em traje de banho jogam frescobol e frisbee. Às vezes, é possível avistar mulheres em "burquini", espécie de roupa que cobre todo o corpo e é feita para entrar na água.
Na Kite Beach, uma das mais populares de Dubai, vê-se, de um lado, a mesquita Al Manara, e, do outro, restaurantes e quiosques de fast food.
A gastronomia, inclusive, é um ponto forte. Além das comidas árabes mais tradicionais - como homus, babaganuche, kafta etc. - e das redes de restaurantes internacionais, facilmente encontradas nos vários shoppings da cidade, Dubai agora tenta entrar no mapa da alta cozinha.
O prêmio The World's 50 Best, que anualmente elege os melhores restaurantes do mundo, fez em 2022, pela primeira vez, uma lista exclusiva para a região do Oriente Médio e norte da África. Dos 20 primeiros colocados, 11 estão em Dubai, inclusive os dois melhores, o 3 Fils e o Zuma.
Ingerir bebida alcoólica, por sua vez, embora não seja uma prática inteiramente proibida, torna-se um programa difícil. Primeiramente, nem todos os estabelecimentos têm autorização para vendê-la (bares em áreas turísticas e restaurantes de hotéis costumam servir).
E, quando se encontra um local para beber, é bom preparar o bolso. Uma long neck de Heineken, por exemplo, é encontrada pelo equivalente a R$ 40. Um coquetel, como negroni ou gim tônica, passa facilmente dos R$ 100.
Para se hospedar, há opções em conta como hotéis econômicos de redes internacionais. Mas é pelos estabelecimentos cheios de luxo e ostentação que a cidade ganhou fama. Pesquisando bem, é possível encontrar opções confortáveis a preços não exorbitantes.
Para quem está disposto a gastar mais, há também o famoso Burj Al Arab, cujas diárias mais baratas saem por mais de R$ 10 mil --importante saber que o preço pode cair pela metade no verão.