Esta modalidade terapêutica traz diversas vantagens ao paciente. Os médicos, sempre que possível optam pelo método a fim de proporcionar mais conforto a seus pacientes.De acordo com o médico proctologista Mário Hamada, a tendência é de que, no futuro, a maior parte das cirurgias sejam realizadas através de vídeo. Ele contou que algumas cirurgias de pulmão, artéria, urológicas e neurológicas já estão sendo realizadas com o método. A maior vantagem, de acordo com ele, é o tempo de recuperação do paciente. "Se ganha, em média, um terço do tempo de recuperação em relação ao método tradicional", afirmou.De acordo com Hamada, as videolaparoscopias mais utilizadas são a colecistectomia, que é a retirada da vesícula e a hernioplastia hiatal, ou seja, hérnea de hiato.Entre as vantagens que a videolaparoscopia oferece pode-se destacar menor dor pós operatória; menor taxa de infecção cirúrgica; retorno mais rápido às atividades do dia-a-dia; melhor resultado estético; menos aderências; duração menor da internação e menor custo.Em um pequeno número de pacientes, o método não é possível de ser realizado. Ocorre, geralmente, devido a dificuldades anatômicas locais de cada paciente ou do grau de inflamação que ocorre no local, no caso de colecistectomia.Quando o cirurgião resolve converter uma cirurgia (parar a laparoscopia e realizar cirurgia convencional, por corte) em prol da segurança do paciente, fato que ocorre em torno de até 1% a 2% dos casos, não se considera o fato como uma complicação, mas sim como julgamento cirúrgico (bom senso). Fatores que podem levar à conversão da cirurgia também incluem: história de cirurgia abdominal prévia, história de sangramentos de difícil contenção, entre outros.Hamada disse que Bauru é uma cidade atípica quando se trata de videolaparoscopia. Isso porque, na cidade, quase todos os médicos realizam esse procedimento em cirurgias. Ele explicou que há oito anos, o aparelho básico para a realização da videolaparoscopia custava, em média, US$ 100 mil. Atualmente, com US$ 25 mil, se pode comprar esse equipamento. De acordo com o médicocirurgião Bazílio de Alvarenga Coutinho, os trocárteres, que são os aparelhos introduzidos na cavidade abdominal, são colocados estrategicamente de acordo com cada tipo de cirurgia. "É através desses trocáteres que retiramos os órgão operados, como vesícula, apêndice, útero, ovário, trompa e outros", afirmou.Coutinho, que é um dos médicos bauruenses gabaritado e com grande experiência nesse tipo de cirurgia, participou, nos últimos dias 10 e 11, do Congresso Comemorativo dos dez anos da cirurgia videolaparoscópica no Brasil, em São Paulo. Ele explicou que esse método está em "franca expansão, com o surgimento de nova tecnologia permitindo a realização de quase todos os procedimentos da cirurgia convencional, sendo seguro e eficaz." E acrescentou: "tenho comprovado isso em minhas cirurgias."Cavidade abdominal recebe CO2Para ampliar o espaço e facilitar a visualização das estruturas intra-abdominais se utiliza a introdução do gás de pressão CO2 na cavidade peritoneal (pneumoperitôneo). O gás mais comumente utilizado para criar o pneumoperitôneo (Pp) é o CO2, embora também possam ser usados ar, oxigênio e óxido nitroso.As vantagens do CO2 se deve a sua maior solubilidade sangüínea, fácil eliminação pulmonar e não ser comburente. A maior desvantagem é o seu efeito irritante peritoneal, o qual se manifesta por incômodo no pós-operatório imediato.Algumas alterações se tornam ainda mais conseqüentes se considerar a magnitude da pressão intra-abdominal (PIA), utilizada para obtenção do Pp, o grau necessário de variação do posicionamento dos pacientes. A pressão intraperitoneal deve atingir níveis de 10 a 13mmHg. Faz-se com o bisturi, uma incisão de pouco mais de 1cm, próximo da cicatriz umbilical, esta incisão pode ser longitudinal ou transversal, dependendo da prega cutânea. Pode ser acima ou abaixo do umbigo.Suspende-se a parede abdominal através da colocação de dois Backaus (opcional) lateralmente à incisão e introduz-se a agulha de Verres até que ocorra a perfuração do peritôneo.
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