Ele foi criado pela duquesa de Bedfort, em 1870, para saciar sua fome entre o café da manhã e o jantar, mas hoje faz parte e é sinônimo de reuniões requintadas

Nada como um chá para marcar com chave de ouro um encontro. A bebida tem o poder de agregar as pessoas, despertar as virtudes dos seres humanos, selar amizades antigas e contribuir para que ações solidárias se concretizem.

O chá é invenção chinesa, mas foi na Índia, graças aos colonizadores ingleses, que atingiu seu auge. Diz a lenda que o arbusto nasceu mágico: Bodhidharma, o monge indiano que introduziu o Zen na China, adormeceu enquanto meditava por muitas estações diante da mesma parede. Bravo consigo mesmo por perder a concentração, cortou suas pálpebras e atirou-as ao chão, onde brotou o primeiro arbusto de chá.

A bebida ficou tão famosa na China e o mercado tão aquecido que os ingleses, para acabar com o monopólio dos olhos puxados introduziram a erva na Índia, onde prosperou nos campos de Assam e Darjeeling, os maiores produtores de chá preto do mundo.

Requintado, o chá hoje é vendido em casas de leilão de Londres e Calcutá, provando ser a bebida ideal para ocasiões especiais, como os encontros de final de tarde entre amigos. Além de aquecer nas noites e tardes frias, ele é um santo remédio para curar muitos males do corpo e, por que não, da alma.

Diz um ditado que o chá da tarde é tão importante para o bem-estar dos ingleses quanto uma boa capa de chuva ou um par de galochas. Na Inglaterra, na Índia, na China e em muitos outros países do mundo, o chá da tarde se tornou símbolo de um ritual elegante, onde sanduíches, bolinhos, doces e biscoitos são servidos com todo esmero em hotéis de luxo e casas de chá promovendo encontros sociais antes do jantar.