Em um passado não muito distante, eles já foram sinônimo de motoristas que não sabiam dirigir direito e de carros com fraco desempenho e alto consumo de combustível.
Mas os tempos mudaram e, com ele, a tecnologia, que está colaborando para os câmbios automáticos se tornarem cada vez mais comuns nos modelos vendidos no Brasil. Presente em cerca de 90% das frotas norte-americana e japonesa, é um dos itens de conforto que mais evoluiu nos últimos tempos.
Um estudo da Knibb Gormezano Partners, em cooperação com a JD Power-LMC Automotive Forecasting Services, indica que até 2010, na Europa, haverá uma redução da procura por carros equipados com câmbio manual da ordem de 50%.
As razões para tal fato residem principalmente em dois pontos. O primeiro é a diminuição da diferença de preço em relação ao câmbio manual. O outro, e sem dúvida o principal, são os congestionamentos nas grandes cidades, que exigem dos motoristas trocas constantes de marcha.
Apesar disso, o preço ainda é o aspecto negativo que conta pontos contra a popularização desse tipo de transmissão. Câmbios mais simples, com quatro marchas, fazem o preço de um veículo equipado com ele aumentar em cerca de R$ 1,5 mil. Mas, no caso dos modelos mais sofisticados, com cinco marchas e que até se adaptam ao estilo de dirigir do motorista, essa diferença pode ultrapassar os R$ 3 mil.
Mesmo assim, as fábricas estão descobrindo esse filão e investindo pesado para conquistar os clientes que pensam em dar um descanso para o pé esquerdo na hora de guiar um automóvel.
Somente este mês o mercado já ganhou mais duas opções de carros automáticos: o novo Audi A4 e a linha Marea, que marca a entrada da Fiat no setor. Os dois veículos foram avaliados pelo AutoMercado & Cia (leia as reportagens nessa edição).
Os dois chegam e se juntam a mais de uma dezena de carros automáticos já disponíveis no mercado brasileiro, como o Vectra, Corsa Sedan, Golf, Mercedes Classe A, Audi A3, Honda Civic e Toyota Corolla.