O peso-pesado bauruense Antonio Marcos Pantaleão volta ao ringue nesta terça-feira. O pugilista vai enfrentar José Davi de Souza, boxeador de Santana do Parnaíba, pelo Torneio dos Campeões, no Ginásio Baby Barione em São Paulo. Este torneio reúne os seis principais campeões da Federação Paulista de Boxe (FPB) na atualidade. Pantaleão conquistou o direito de participar da competição ao vencer o Torneio Estímulo Kid Jofre em agosto.
Pantaleão não disputou o Campeonato Paulista, realizado em setembro devido a problemas emocionais, já superados, por isso não se considera 100% em forma. Pantaleão diz que é cada vez mais difícil manter a forma ideal para um pugilista de alto nível. "Tenho patrocínio do Bingo Cidade e da Sistex Software, que me mantêm. Mas isto não é suficiente, é preciso manter uma alimentação especial, com suplementos alimentares muito caros. Atualmente estou dois quilos abaixo do peso ideal, devido à falta de alimentação adequada para um boxeador. É muito alto o desgaste físico dos treinos", reclama.
Além dos patrocinadores "oficiais", Pantaleão conta com o apoio da Mecânica Liva e do cirurgião plástico Bashir Mussa Gazi. "Eles sempre me socorrem nos momentos difíceis e eu só tenho que agradecê-los", afirma. O lutador tem como técnico Aparecido Anselmo e também conta com os serviços do preparador físico Paulo Azevedo, que trabalha de graça para o atleta. Sem um ginásio adequado para seus treinamentos, Pantaleão recebe ainda a colaboração da Academia Marathon que cede espaço também gratuitamente.
"Apesar destes colaboradores ajudarem bastante, para chegar ao ponto ideal e tentar vôos mais altos, eu precisaria de uma estrutura mais adequada. A Prefeitura está construindo um ginásio de esportes, que abrigaria diversas modalidades, mas a coisa não anda. O secretário de esportes (José Roberto Franco) disse que falta pouco para terminar, por isso faço aqui um apelo para empresários da cidade colaborarem com o projeto, que vai ser muito bom para a cidade", pondera o lutador.
Por outro lado, se não tem todo o apoio que realmente merece, Pantaleão dá sua parcela de colaboração à sociedade. O pugilista atualmente dá aulas de boxe na P-II, em um projeto de ressocialização de presidiários, com apoio do diretor de educação daquele presídio, Marcos Roberto Bosqueiro. "São mais ou menos uns dez presos que participam, por enquanto. O boxe funciona como uma terapia, na qual a pessoa descarrega sua raiva. Não é pura violência, como muitos julgam, pois tem um trabalho técnico por trás", avalia.
