Política

Servidor vai acampar em frente à Prefeitura

Gilmar Dias
| Tempo de leitura: 2 min

Uma barraca, muito calor e as águas de março fechando o verão vão compor a rotina de hoje dos dirigentes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm). Eles decidiram acampar por um dia em frente à Prefeitura de Bauru para protestar contra a morosidade da Administração Municipal, que ainda não definiu o percentual de reposição que será aplicado nos salários da categoria.

Esta é a segunda vez que os sindicalistas decidem se utilizar desse mecanismo para protestar e pressionar o Governo Municipal a se posicionar em relação às reivindicações. Em março de 2000, os dirigentes sindicais também acamparam em frente ao Palácio das Cerejeiras para reivindicar melhores salários.

Em assembléia realizada no último dia 20, os funcionários públicos municipais aprovaram a proposta oficial que será encaminhada ao prefeito Nilson Costa (PPS). A categoria reivindica 37,95% de reposição, índice apurado através da inflação acumulada entre setembro de 1998 (início da atual gestão) a janeiro deste ano, e mais 15% de aumento real, totalizando 52,95%.

Através de lei aprovada pela Câmara Municipal, o dissídio dos cerca de 4,5 mil trabalhadores da Administração foi instaurado no último dia 1. Os sindicalistas reclamam do comportamento do prefeito que, segundo eles, teima em não se reunir com a entidade para negociar o índice de reposição salarial.

Desde o último dia 21, o sindicato tenta, sem sucesso, agendar reunião para iniciar a rodada de negociações entre as partes. No final de semana, o prefeito decidiu marcar para a próxima quinta-feira o primeiro encontro para discutir as bases da reposição e apresentar uma proposta da Administração, ainda desconhecida.

Extra-oficialmente, sabe-se que Nilson deverá oferecer à categoria um índice de reposição salarial que vai variar entre 7% e 10%, percentual distante do que é reivindicado. A direção do Sinserm diz que só vai se manifestar sobre a proposta após o seu encaminhamento oficial.

Os dirigentes sindicais não revelaram quais serão as estratégias que serão adotadas depois de conhecido o índice de reposição. A única certeza é de que a proposta será submetida aos trabalhadores em assembléia. O servidor público municipal não tem tradição de greve.

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