• Rédeas do governo
Nesta página, em artigo, o vereador Roberto Bueno (PTB) propõe hoje um pacto por Bauru. Toda proposta de pacto deve ser analisada, mas seu principal signatário deve ser aquele que tem a caneta do Executivo na mão, ou seja, o prefeito Nilson Costa (PPS). Se ele ao menos não sinalizar para a sociedade e para a classe política que deseja assumir de fato as rédeas do governo para o qual foi eleito, não haverá pacto que resolva. É premissa da arte de governar não deixar dúvidas sobre quem manda (democraticamente) na hierarquia do Palácio - sem meio-termo.
• Comunidade atenta
Em todos os segmentos sociais há cidadãos cada vez melhor e mais informados e ativos, que manifestam carinho e preocupação com a cidade. Bauruenses que agem sinceramente pela melhoria geral pressionam e informam (o JC recebe, diariamente, muitos telefones, cartas e e-mails reveladores). Os vereadores e o Ministério Público são, igualmente, depositários de muitas informações e denúncias, enfim, há uma rebeldia talvez não organizada em entidades ou partidos, mas fundamental nas investigações e na vigilância que o povo mantém sobre os governos.
• “Comando paraleloâ€
Quando saiu atirando na direção do Palácio das Cerejeiras, na semana passada, o ex-líder do prefeito no Legislativo, vereador Milton Dota Júnior (PTB), insistiu muito em dizer que há falta de comando e de controle de Nilson Costa sobre a Administração. Não foi à toa. Nas ruas, nos cafés, na Câmara e em inúmeros outros setores da cidade têm-se como certa a existência de um “comando paralelo†dentro do Executivo, há muito tempo.
• Desinformação
Segundo se ouve por toda cidade, o tal comando teria delimitado sob seu círculo de influência e decisões setores estratégicos da Prefeitura, alinhavados de forma a criar situações que fazem com que o prefeito se desinforme de algumas situações ou não saiba de outras, abrindo espaço para o avanço de seus mentores.
• Buraco é outro
A pressão interna sobre um ou outro secretário, como o de Obras, por exemplo, seria fruto dos interesses alheios ao clamor público, apesar de Edmilson Queiroz Dias estar em posição desconfortável há muito tempo, em razão dos buracos por toda a cidade. Porém, o buraco, no caso das pressões sobre ele, seria bem mais embaixo.
• A semana
Na sessão de hoje da Câmara dará para sentir como começará a semana política em Bauru, após o vendaval da semana passada, que culminou com a CEI do DAE rejeitando a emergência na obra de um poço profundo, sem concorrência pública. Outros assuntos de igual gravidade continuam pendentes: um deles é o contrato da Cohab e a ABC/SVKS. A própria CEI do DAE só vai terminar no plenário. São temas que mantêm a população preocupada, mas atenta.
• Feliciano
As eleições de 2002 ganham um novo candidato: Feliciano Brasileiro. A equipe que o assessora garante que o político trabalha 24 horas por dia e só tem uma diferença dos demais: é virtual. Como o slogan “o candidato do coração brasileiroâ€, ele será apresentado amanhã, em São Paulo. A idéia é lançar um candidato virtual que tem como meta o apoio às entidades filantrópicas.