Regional

Praia de Sabino é liberada

Davi Venturino
| Tempo de leitura: 3 min

Sabino - Depois de passar por um longo período de interdição, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), em Bauru, sugeriu à Secretaria de Saúde de Sabino (137 quilômetros de Bauru) que a prainha do município seja liberada provisoriamente. O local, até então, estava tomado por algas e impróprio para banhistas. A chegada do verão e o aumento dos banhistas acena para o turismo, como ocorre em outros locais, como em Itapuí, por exemplo, que estuda projeto de revitalização da área da prainha.

Desde agosto deste ano, a praia de Sabino passou a ser monitorada e consta do Boletim de Balneabilidade das Praias Paulista, elaborado pela Cetesb. De acordo com Alcides Tadeu Braga, gerente do órgão, as últimas análises em amostras de água colhida no local indicam que a praia está em boas condições de balneabilidade. “Nós encaminhamos um documento para a Prefeitura de Sabino, inclusive para a Secretaria de Saúde, sugerindo a desinterdição da prainha. O problema era a proliferação de algas. Quase que semanalmente tem sido feita a análise da qualidade da água e to resultado tem sido bom”, revela.

Apesar disso, Braga ressalta que, com a chegada do verão, o quadro pode se inverter novamente. “Esse fenômeno pode se repetir, então é uma situação temporária”, comenta. O problema, segundo o gerente, é que no verão há uma grande incidência solar com alta luminosidade, o que facilita a fotossíntese e, conseqüentemente, o aumento da carga orgânica na água que é o alimento dessas algas. E justamente no verão, as prainhas da região de Bauru passam a ser mais procuradas pelos banhistas.

A presença de algas nas águas é conseqüência dos esgotos, que são despejados no rios sem o devido tratamento. Apesar de este não ser o caso do município de Sabino, que trata o seu esgoto, a praia da cidade acaba sendo prejudicada devido ao escoamento dos esgotos de outros municípios pela calha do rio. “A solução definitiva é quando houver o tratamento de esgotos na montante dos municípios (da região), inclusive Bauru, que também contribui para isso”, comenta Braga.

De acordo com o gerente da Cetesb, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Sabino foi implantada com recursos da administração municipal, o que é caso raro. “Dos 34 municípios que nós administramos na região, três deles fizeram estação de tratamento de esgotos com recursos da própria prefeitura que é Itaju, Guarantã e Sabino. No fim, são eles que estão sofrendo com isso (as algas)”, comenta.

Sinal verde

A liberação da prainha para banhistas, acena com possibilidades turísticas-comerciais em Sabino. Apesar disso, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o estudo de um plano de revitalização do local depende dos resultados da qualidade da água apresentados pela Cetesb. No boletim emitido na última sexta-fiera, a agência ambiental deu sinal verde para os banhistas. A classificação foi feita com base em coleta de amostras no período de 17 de setembro a 16 de outubro.

Antes da divulgação do boletim a assessoria explicou ao JC que aguardaria o laudo da Cetesb liberando a prainha e que, por enquanto, o local não está sendo freqüentado por banhistas.

Se em Sabino ainda não existe um plano de revitalização definido, em Itapuí (44 quilômetros de Bauru) a história é diferente. A Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Meio Ambiente e Turismo apresentou anteontem, um projeto neste sentido, a pedido do prefeito José Gilberto Saggioro (PPS).

Localizada às margens do rio Tietê, o projeto pretende ajudar ainda mais na exploração do potencial turístico da prainha. O projeto está previsto para ser implantado em três etapas: construção de um calçadão no local, colocação de um trampolim para saltos no Tietê e a construção de um píer, para pequenas embarcações.

“Vamos fazer uma boa discussão com os empresários para melhor aproveitar o potencial turístico da prainha. As reformas que pretendemos fazer são para melhorar o local e atrair mais turistas na cidade”, explica o prefeito Saggioro.

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