Desde a Antigüidade, nos tempos bíblicos, já havia este salutar hábito, como regra básica, para se evitar uma possível contaminação.
O Novo Testamento registra uma polêmica levantada pelos religiosos, fariseus e os escribas, em relação aos discípulos de Jesus Cristo, quanto ao lavar as mãos ou não. Assim estes lançaram a questão para Jesus: “Por que quebram os teus discípulos a tradição dos anciãos? Eles não lavam as mãos quando comem pão?” - São Mateus 15.2.
Os discípulos não cometeram somente esta “insanidade”, também muitas outras em relação às práticas legais, como: questionar os impostos, colher em roça alheia e em dia sabático, não jejuar quando todos deveriam e até brigar à espada. Tudo isso porque estavam com o mestre dos mestres, o messias esperado. Mesmo assim, foi dada uma resposta a esta importante questão, ótimo paralelo espiritual e moral, da grande contaminação humana através do que sai do seu interior (íntimo) cheio de maldades e maledicências. Em nosso parâmetro, o costume simples e relativo de se lavar as mãos demonstra o amor a si mesmo e ao próximo. Hábito este que, desde há muito tempo, os pais exigiam religiosamente de seus filhos. Este era mandamento em cada lar.
Hoje, não sabemos dessas atitudes de cada um em sua casa, mas nos restaurantes têm sido um verdadeiro festival de anti-higiene em condições das mãos, que, após alguns cumprimentos de amigos, inclusive, já partem para a deglutição, em pleno esquecimento que qualquer bactéria, germe ou vírus, mesmo invisíveis aos nossos olhos, são vivíssimos e prontíssimos a atacar um organismo defasado.
Mesmo que não tenhamos qualquer psicopatia antibacteriana a ponto de portar a tiracolo álcool ou desinfetante para certas ocasiões com outras pessoas, mesmo assim é o dever de cada um esta importante prevenção, tão relevante em hospital, clínica e núcleos de saúde pública, isto porque em muitas infecções apenas restará o batalhar para a certeira fatalidade. Principalmente os cuidadores profissionais jamais deveriam deixar de “lavar as mãos”, por causa da grande responsabilidade da vida de seu próximo em suas mãos. Grato!
Carlos Roberto dos Santos