Regional

Veterinário mata mulher com taco

Lilian Grasiela
| Tempo de leitura: 2 min

Ourinhos - Um crime trágico chocou a população de Ourinhos (130 quilômetros de Bauru) ontem de manhã. Utilizando um pedaço de madeira semelhante a um bastão de beisebol, o veterinário Nirio Antônio Bernadt, 62 anos, bastante conhecido na cidade, matou sua esposa Maria Cristina Vilariço, 42 anos, com golpes na cabeça, e depois se enforcou na garagem da residência onde o casal morava, na rua Cambará, Vila São José 2.

De acordo com o delegado Pedro Otávio Telles Nascimento, titular do 3º Distrito Policial (DP), com base na dinâmica do local do crime e nos depoimentos de familiares, a polícia registrou o fato como homicídio seguido de suicídio. “Ela deve ter sido morta dormindo porque não há sinais de briga”, declara. “O bastão provocou uma destruição muito grande na caixa encefálica dela”.

Em princípio, devido os graves ferimentos concentrados na cabeça da mulher, a polícia acreditou que ela teria sido morta com uma arma de fogo de grosso calibre. “Depois, nós conseguimos achar um objeto que tudo indica ter sido usado no crime, que é um bastão semelhante a um bastão de beisebol”, revela Nascimento.

O titular do 3º DP conta que, logo após assassinar a esposa, o veterinário teria trocado de roupa, limpado as manchas de sangue e dirigido-se até a garagem da casa, onde enforcou-se com uma corda amarrada em uma vigota. Segundo ele, o crime deve ter ocorrido durante a madrugada.

Os corpos das vítimas foram localizados pelo filho de Maria Cristina por volta das 10h23. “Ela costumava visitar a mãe de manhã”, explica o delegado. “Ele chegou e achou estranho porque a casa estava com a porta da frente só encostada”.

A polícia acredita que Berndt tenha deixado a porta entreaberta para que eles fossem facilmente localizados. “Eu não vejo, sinceramente, elementos que apontem para outro crime senão o que temos aí que é um homicídio seguido de suicídio”, avalia. “É aquela tragédia desenhada e anunciada que, infelizmente, fica fora do controle de qualquer tipo de órgão de segurança pública”.

Informações prestadas por testemunhas à polícia revelam que o casal mantinha um relacionamento amoroso conturbado há anos e encontrava-se em processo de separação. “Nós até encontramos medicação psiquiátrica (na residência). Possivelmente um deles, ou eles, fazia tratamento para depressão”, afirma.

Nascimento conta que instaurou inquérito para apurar as circunstâncias do crime. De acordo com ele, o casal vivia junto há mais de dez anos e não tinha filhos em comum. O veterinário deixa filhas do seu primeiro casamento, enquanto Maria Cristina deixa um casal de filhos, também do seu primeiro casamento.

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