Segundo depoimentos à polícia, Chorão estava com mania de perseguição nas últimas semanas. A paranoia fazia com que ele tivesse acessos de raiva, quando quebrava objetos e a mobília dos locais onde morava. As pessoas ouvidas disseram que o cantor achava que era constantemente vigiado e que sempre estava sendo filmado.

Franco disse que ainda vai ouvir amigos e familiares para compor o quadro da situação de Chorão com mais precisão. Porém, o delegado já adiantou que o cantor passava por um momento de depressão e que os momentos de fúria se tornaram frequentes nas últimas semanas.

Entretanto, o delegado disse que não há informações de nenhum boletim de ocorrência registrado pelos hotéis de São Paulo onde o cantor se hospedou nos últimos dias.

Pó branco

Hoje, a polícia encontrou o apartamento de Chorão todo revirado e com manchas de sangue. As autoridades, também acharam "pequena quantidade de substância branca, aparentando ser cocaína, sobre a bancada da cozinha" do apartamento de Chorão. Havia, ainda, "por todo o apartamento, latas de cerveja, energético, garrafas de vinho etc", de acordo com o boletim de ocorrência registrado na 14º DP, de Pinheiros.

De acordo com o delegado Itagiba Franco, do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), o cantor estava com a mão machucada e as marcas de sangue no apartamento provavelmente eram desse ferimento.

Segundo testemunhas, Chorão chegou ao apartamento na última segunda-feira e não saiu mais do local. A polícia acredita que a morte tenha ocorrido de segunda para terça-feira, devido ao estado em que o corpo foi encontrado.

Ainda de acordo com o delegado, a equipe da banda tentava localizar Chorão, sem sucesso, desde as 12h de ontem. Na madrugada desta quarta, um segurança e o motorista do cantor foram até seu apartamento, onde encontraram o corpo.