Paola Patriarca |
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A escola interpretou o enredo “As revoltas conquistaram a abolição" |
A história da libertação dos negros, da luta contra o preconceito e a permanência dele na sociedade foi levada para o Sambódromo de Bauru pela Escola Azulão do Morro, na madrugada desta terça-feira (17).
A escola, que foi a terceira a se apresentar, entrou na avenida com 560 integrantes, três carros alegóricos e 12 alas ao som de “Ainda é grande o preconceito racial. Quem tanto fez, tanto faz, vai passando muito mal. Que o negro é livre diz a lei, até onde eu não sei”. O enredo “As revoltas conquistaram a abolição. As revoltas conquistarão a emancipação” foi criado pelo vereador Roque Ferreira, que acompanhou a escola.
A comissão de frente era formada por um grupo de índios que atacava um membro da tribo africana. Logo atrás, o carro abre-alas trazia o Quilombo dos Palmares e mulheres com roupas africanas. Jheyssy Kellen, de 21 anos, estava no carro. “Estou feliz com o desfile, mas fiquei nervosa. Primeira vez saio na Escola e estou muito animada. Não choveu muito no nosso desfile, mas se chovesse ia ser a mesma animação”, contou.
Paola Patriarca |
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A escola foi a 3ª a se apresentar e entrou na avenida com 560 integrantes |
O segundo carro alegórico abordou o tema da Lei Áurea e estava com correntes da escravidão, além da lei ‘gigante’ escrita ‘Declaro extinta a escravidão do Brasil’.
A tradição negra também foi trazida pela escola em todas as suas alas, como uma em que os integrantes faziam capoeira. Mas o tema bastante abordado pela Azulão do Morro foi o preconceito velado.
Para Alessandra Barbosa, que estava na ala das baianas e faz sete anos que integra a escola, a expectativa é ter feito um ótimo desfile. “Sempre desfilo para a Azulão e gosto muito de estar aqui. Com chuva ou sem chuva, todos se esforçaram para um bom desfile neste Carnaval”, avaliou.
Fotos Paola Patriarca |
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A Escola de Samba Azulão do Morro, do Parque Jaraguá, foi a penúltima a desfilar no Sambódromo |