Tribuna do Leitor

Sanduba de mortadela e o Petrolão

Márcio M. Carvalho
| Tempo de leitura: 2 min

Excelente de sabor do sanduíche, principalmente se for o famoso do mercado municipal de São Paulo. No entanto, não é deste que estamos falando e sim do kit mortadela, oferecido pelo sistema CUT-PT e MST a milhares de profissionais da manifestação, a favor da presidenta. De acordo com os organizadores, 40.000 deles estiveram na av. Paulista em São Paulo e, segundo as contas, quase 100.000 em todo Brasil, na última quarta-feira útil. No entanto, ao contrário dos manifestantes de domingo (a favor do impeachment), que chegavam a pé ou em veículos particulares, ou ainda de metrô e até de bicicleta, os contra-impeachment chegavam em ônibus fretados, uniformizados, com bandeiras, representando CUT, MST, PT e outros partidos nanicos sob a órbita petista.


Foram mostrados na imprensa vários testemunhos com fotos e filmes de pagamento de diárias de R$ 50,00 e até R$100,00, além do transporte e alimentação, os famosos sanduíches de mortadela. Se somarmos o kit todo, teremos um custo próximo de R$ 150,00 por cabeça com carros de som, bandeiras, faixas e organização, multiplicados por 100.000 participantes, chegaremos ao custo próximo de R$ 15 milhões por manifestação. Algo muito caro, considerando que são trabalhadores da base da pirâmide e ainda que serão necessárias muitas outras manifestações, até que o impeachment, seja aceito ou derrotado ou atingir um milhão de participantes (R$ 150 milhões) para igualar as manifestações de março/abril.


A pergunta é: quem paga esta conta e ainda considerando que, se são como propagam trabalhadores com registro em carteira, perderão 2 dias de trabalho, ou seja, o dia de falta e mais o descanso remunerado, isto com as empresas em crise e o desemprego e vésperas de Natal. Fica difícil de explicar a que valores eles poderão chegar.


Podemos ver pelas declarações colhidas entre “voluntários” (mistura de volúveis com otários) que a maioria absoluta não tem a menor identidade política, com exceção rara de líderes sindicais e políticos profissionais, doutrinados na cartilha petista. A maioria é massa de manobra e faz críticas ao desemprego e à política econômica, como se Dilma nada tivesse com estes itens e atacam Eduardo Cunha, esquecendo do bandido bonzinho, no caso deles Renan Calheiros, que é tão ruim ou pior.

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