Regional

Região tem gastronomia variada e comida bem ao estilo do inverno

Rita de Cássia Cornélio
| Tempo de leitura: 10 min

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O domingo é o dia preferido pelas famílias para passear e degustar na região de Bauru

O período mais frio do ano é uma boa oportunidade de apreciar a gastronomia regional. Há opções para todos os gostos e bolsos. O domingo é o dia preferido pelas famílias para passear e degustar. Para os pais com crianças há boas alternativas para divertir os pequenos e comer bons pratos.  

Pouso Alegre de Baixo, entre Jaú e Bariri, é um aglomerado de restaurantes famosos pela leitoa a pururuca e comida caipira. Os pratos são fartos e os estabelecimentos simples, mas muito aconchegantes.  Os cardápios são lotados de comida ‘gorda’.

A vila de Jaú é um local bucólico que permite um contato com a natureza. Povoado por pessoas simples que costumam ser cordiais com os visitantes. Vale a pena conferir. Na vila em todos os restaurantes é possível comer além da leitoa, frango a passarinho, salada de alface com tomate, polenta, picanha e costela.

Em Agudos (13 quilômetros de Bauru), um restaurante faz sucesso com a coxinha de leitoa. Um petisco saboroso e feito de maneira bastante inusitada. Para o inverno, o chef espanhol  indica o jarre de cordeiro e a costela. Os pratos são bem temperados e cozidos por 12 horas, sinônimo de dizer que derretem no prato.  

A bruscheta é um petisco que dispensa apresentações. O bacalhau com batatas e creme coberto de croutons e as lulas também podem ser opções enquanto se espera o prato principal. As sobremesas dão água na boca, há Brownie e Petit Gateau com sorvete de Ferrero Rocher. Às sextas-feiras e sábados têm música ambiente.

Em Piratininga (13 quilômetros de Bauru), um chef por vocação tem um bistrô com sete tipos de risoto. Tem filés e massas. O ambiente é aconchegante e tem carta de vinhos. O “Risoto de Ossobuco” foi criado para esta época do ano. Portanto, quem quiser degustar tem que aproveitar o inverno. Outros pratos que estão no cardápio são também quentes.  

Em Mineiros do Tietê (65 quilômetros de Bauru), um estabelecimento comercial é um misto de área rural e restaurante. Tem muita comida quente. Os caldos são servidos à noite. Mas durante o almoço é possível degustar o caldo de mocotó que, além de pesado, esquenta muito. No cardápio diário tem feijoada, dobradinha e tutu de feijão. Uma área com muita natureza oferece diversão para as crianças. Tem passeio a cavalo, pônei, troller e contato com a natureza. Aos domingos tem música ao vivo.  

No distrito de Tibiriçá, o acampamento de mesmo nome tem “Vaca Atolada” e feijoada aos domingos e feriados. Nos demais dias, o restaurante atende grupos agendados. Um trenzinho leva as crianças para conhecer o sítio e a natureza. Tem passeio a cavalo.
Na entrada da cidade de Itapuí (44 quilômetros de Bauru) tem um restaurante que serve comida caipira. Arroz, feijão, frango frito, leitoa, salada de alface com tomate, farofa e linguiça. O refrigerante é de litro. O lugar é simples porém muito frequentado. Não raras vezes há fila de espera. Os ciclistas e motoqueiros da região estão sempre por lá.

Agudos tem cardápio inusitado

Comida tem um toque especial do chef espanhol Jonathan Garcia Bautista que recriou a coxinha, um petisco bem à brasileira, com carne de leitoa

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Chef Jonathan Garcia Bautista prepara prato em restaurante de Agudos, onde tem petisco brasileiro feito com carne de leitoa

Um cardápio inusitado que atrai os bons gourmets é de um restaurante de Agudos (13 quilômetros de Bauru). Da entrada ao prato principal tudo tem um toque do chef espanhol Jonathan Garcia Bautista. Ele é famoso por ter repaginado a coxinha, um petisco brasileiro conhecido por todos. O salgadinho que ele faz tem massa e recheio diferenciado é feito com leitoa e não deixa de ser uma opção de entrada para as temperaturas mais amenas.

De coxinha de leitoa a um jarre de cordeiro, o chef não deixa a qualidade cair. Fica na cozinha o tempo todo e o capricho é sua marca registrada. Para aqueles que estão se perguntando o que é um jarre de cordeiro? Vai a resposta: é uma canela de cordeiro.

“Temperada com azeite, hortelã e sal no ponto certo. Fechada a vácuo, ela vai para o forno onde fica em cozimento por 12 horas em temperatura baixa, cerca de 90º. Geralmente colocamos às 23h no forno para retirá-la no dia seguinte. Quando retirada, ela derrete.  Depois de pronta ela vai para a geladeira. É mantida na refrigeração até pouco antes de ser servida”, conta o chef.

Para ser servida a canela de cordeiro vai ao forno para esquentar. “Só então é montado o prato que vai à mesa acompanhado de purê de batata e Sagu de Vinho. A bebida que se harmoniza com essa comida é o vinho tinto. O mesmo processo é usado para fazer a costela de chão que também passa 12 horas cozinhando a vácuo. No tempero, a costela leva alecrim no lugar da hortelã”, observa. 

As entradas são quentes. Além da coxinha de leitoa há um petisco de bacalhau com batatas,  creme, coberto de croutons, servido em uma charmosa panelinha. Essa entrada foi criada especialmente para ser servida no inverno e para comemorar o novo espaço da casa que abriga 100 pessoas.

O ambiente foi totalmente repaginado e a cada final de semana, o chef desenvolve um prato diferenciado. De sexta e sábado a noite, um som ambiente de MPB e pop rock anima os frequentadores sem atrapalhar as conversas. Para finalizar o jantar ou almoço, há petit gateau e Brownie com amêndoas laminadas, doce de leite que vem acompanhado de sorvete Ferrero Rocher.

Serviço

La Donosti: rua 13 de maior, 699, Centro. Fone: 14-3261-7264 De quarta a sábado a partir das 18h. Sábado e domingo: das 11h30 às 15h

Bucólico

O Pouso Alegre de Baixo é uma vila de Jaú e fica a pouco mais de 50 quilômetros de Bauru. Bucólica ela tem aproximadamente 500 moradores. Nos finais de semana e feriados, a população triplica com os ‘bons de garfo’. A leitoa a pururuca é o prato principal da maioria dos restaurantes. Vem acompanhada de arroz, salada de alface e tomate e frango a passarinho.

São vários restaurantes onde se aprecia, além da leitoa, a polenta frita, picanha e costela. Os ambientes são simples e as comidas são confeccionadas por quem aprendeu na prática, sem títulos.

Polaco
Rua José Bolete, 70, Pouso Alegre de Baixo, Jaú
Telefone: (14) 3623-1112

Codatto
Terça a sábado: almoço e jantar
Domingo: almoço. Rua Antonio Antoniassi, 290, Pouso Alegre de Baixo, Jaú

Mirante do Pouso
Rua Olindo Sorani, 150 Pouso Alegre de Baixo, Jaú
Telefone: (14) 3623-1533

Sete sabores de risotos podem ser apreciados em Piratininga

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Bistrô de Piratininga tem pratos que combinam com a estação

Para quem gosta de risotos mais elaborados com produtos considerados gourmets, o destino é Piratininga. A casa tem opções de vinho para acompanhar os pratos e um ar aconchegante que tem tudo a ver com a estação do ano. Serve jantar.

O carro forte da casa são os risotos. São sete tipos. “O risoto é uma comida quente, própria para o inverno. É comida pesada. Na gastronomia italiana o risoto é servido numa cumbuca mais funda para mantê-lo quente por mais tempo. Boa parte do nosso cardápio é comida voltada a temperaturas mais amenas. Eu tenho massas,  filés, mas não são alimentos voltados ao inverno,” diz o proprietário Luciano Nazmi Farha. 

O diferencial da casa é o risoto e “Filé de Ossobuco”, feitos só nesta época do ano. “Só é servido  na estação mais fria do ano, final de outono até o fim do inverno. Eu mesmo preparo os pratos, embora não tenha o título de chef de cozinha. Gosto de cozinha desde a adolescência. Morei fora por um tempo e aperfeiçoei as técnicas. Gastronomia é alquimia. Fui tirando daqui colocando ali e combinei sabores. Tenho liberdade para criar”. 

O risoto de filé, segundo Farha, é uma combinação de filé mignon, gorgonzola, mostarda francesa (mistura de Dijon com mostarda em grãos) e cebolinha. “É um dos mais pedidos pelos clientes. O prato é individual, mas é bem servido. Para acompanhar, um filé basta para duas pessoas.”

O risoto de alho-poró com bacon e provolone e o abrasileirado de carne seca com pimentas biquinhas e calabresa são alternativas que esquentam também. “As pimentas são quentes. Elas são servidos no ponto para ser comido quente até o final. Todos eles são finalizados com parmesão e manteiga. Tem risoto de bacalhau, camarão e três queijos que levam gorgonzola, muçarela, parmesão e pimenta-comari.”

O cardápio é composto basicamente pela gastronomia italiana desde a entrada. “Servimos a  caponata, espetinho caprese (muçarela de búfalo, manjericão e tomate-cereja), bruschetas de alho-poró com green cheese, tomate e manjericão. Essas não são consideradas comidas de inverno por serem mais leves.”

O espaço acolhe 32 pessoas em 10 mesas. “Tenho uma área na entrada do bistrô que dediquei a espera. Quero fazer um lounge, uma coisa mais intimista para melhor acomodar os clientes.”

Rural 

O Campinho na entrada de Itapuí aos domingos serve arroz, feijão, salada de alface, tomate e cebola, leitoa, frango, linguiça, maionese, farofa e macarrão. Abre de terça a domingo. Na quarta, a partir das 18h30, tem costela com mandioca. Telefone: (14)-3646-3535.

Serviço

Bistrô Casa Nazmi fica na rua Dr. Lisboa Jr., 134 no Centro. Telefone: (14) 99169-8489.

Caldo de Mocotó para esquentar

Estabelecimento se especializou em vários tipos de caldos, mas tem também feijão, dobradinha, panceta a pururuca e linguiça caipira

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Caldos para todos os gostos são a principal pedida de restaurante que fica em Mineiros do Tietê

Em Mineiros do Tietê (65 quilômetros de Bauru) tem um estabelecimento com um cardápio bem propício para a época. O restaurante Canto da Terra serve todos os dias caldo de mocotó, uma comida para lá de quente e forte. O estabelecimento vai além. Serve feijão gordo, dobradinha, tutu à mineira, cassolete (feijão branco), panceta a pururuca, torresminho, linguiça caipira. No jantar são seis tipos de caldos.

A produção de caldo de mocotó, na linguagem da proprietária Elen Aparecida Deluca Pires de Morais é o caldo de garrão. “A produção do caldo de garrão é feita em semanas alternadas. Ficam congelados e vão sendo retirados do congelador à medida necessária. Para cada produção são utilizadas cerca de 20 quilos de garrão.” 

O chef Ricardo Morais explica que o caldo de mocotó nada mais é do que o tendão bovino, rico em colágeno do tipo I. É elaborado de forma que sua consistência fique ao ponto de “cola” daí o apelido de garrão. “O processo é demorado, pois fica sob pressão por duas horas.”

A proprietária explica que, no almoço que é servido de segunda a segunda, tem caldo de mocotó, dobradinha, moela, feijoada, tutu de feijão, além de acompanhamentos como polenta. No jantar, o estabelecimento serve pizza, mas na época do inverno oferece seis tipos de caldo. “O cliente paga um preço fixo e come à vontade pizza, caldos e saladas. Temos caldo de mandioca com carne seca, caldo de lentilha, ervilha com bacon, fubá com couve.” 

O restaurante fica na área rural com muito verde e ar puro. Oferece ainda monitores infantis e brinquedos como pula-pula, passeio a cavalo e de troller e playground. No final de semana tem música ao vivo.

Serviços

Almoço: de segunda a segunda das 11h às 14h. Aos sábados, domingos e feriados: das 11h às 15h. Quintas, sexta e sábados: das 19h30 às 22h. Contato: (14) 99111-2971.

Comida de fogão a lenha

 
Caldo “reforçado”

O fogão a lenha mantém a comida quente. Este é um dos atrativos do Acampamento Tibiriçá, localizado no distrito de mesmo nome em Bauru. Aos domingos e feriados, o local é uma boa opção para a família. O cardápio é quente e há lazer para as crianças que curtem a área rural.

A leitoa a pururuca, a feijoada acompanhada de torresmo, a “Vaca Atolada”, dentre outros pratos, fazem dos domingos e feriados um dia especial. Nos demais dias da semana, o estabelecimento acolhe grupos fechados. É preciso agendamento.

O local é apropriado para receber famílias, especialmente aquelas que têm crianças. Enquanto os adultos apreciam a paisagem rural, as crianças podem fazer um passeio a cavalo ou dar uma volta pelo sítio de trenzinho.

Os doces caseiros são outro ponto forte do estabelecimento. A proprietária Márcia Beça Pereira Leite é especialista em guloseimas como ambrosia, abóbora, banana, goiaba e leite. Ela também faz bolachas, broas, pães e queijos. 

Serviços

Distrito de Tibiriçá. Fone de contato: (14) 99795-5061.

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