O filho Edison Bastos Gasparini Jr., que foi vereador e atualmente é o presidente da Cohab, estava com 19 anos na época em que Gasparini faleceu, e lembra do período em que o pai foi eleito. "Meu pai descobriu a doença pouco antes das eleições, após fazer um exame em São Paulo. Assim que ele foi eleito, passou por cirurgia, e entre dezembro de 1982 e janeiro de 1983, fez radioterapia, para assumir a prefeitura em fevereiro. Ele ficou cinco meses no cargo, pois em julho teve de se afastar, e faleceu em 1 de novembro. Foi um período curto, mas em que foi possível começar algumas políticas públicas importantes, como a descentralização do atendimento de saúde, o que depois teve continuidade com o Tuga Angerami, que era o vice e assumiu completando mais cinco anos de governo", frisa.

Depois de muitos anos na Câmara, foi eleito prefeito em um momento política de reabertura do País. "Até hoje a gente encontra pessoas que lembram do meu pai, do período em que foi vereador e prefeito. Mesmo ele ficando poucos meses na prefeitura, as pessoas lembram com carinho desse período, ele procurava atender a todos. E aqueles que conviveram com ele carregam isso, é algo que marcou bastante", lembra.

Advogado, ele entrou para a política na década de 1950. Na mesma época, casou-se com dona Darcy, que faleceu em 2014. Com ela, teve os filhos Edison Júnior, Alex (que foi vereador e faleceu em 2016), Helena e Rosana. Eles adotaram ainda os gêmeos Marcos e Matheus. Gasparini morreu no começo da tarde do dia 1 de novembro de 1983 e o corpo foi sepultado no dia seguinte no Cemitério da Saudade, acompanhado por centenas de pessoas que prestaram as últimas homenagens ao então prefeito. Alguns amigos de Gasparini, como Antonio Pedroso Júnior, preparam uma homenagem que deve acontecer em dezembro, com apoio e presença da família e antigos companheiros.