José Milagre

Assinatura digital pode criar partido político

08/12/2019 | Tempo de leitura: 2 min
José Milagre

Por 4 votos a 3 o TSE definiu, nesta semana, que a utilização de assinaturas digitais podem ser usadas para criar um partido político. Estima-se que sejam necessárias 500 mil assinaturas (arredondando) para a criação de partidos. A decisão, no entanto, depende de regulamentação. A questão é: o próprio TSE demonstra desconhecer a diferença entre assinatura digital e eletrônica. A própria ministra Rosa Weber entendeu que, atualmente, o tribunal não tem condições de validar e verificar assinaturas digitais. O Ministério Público foi contra a aprovação. Apenas 2,58% do eleitorado têm certificado digital, conforme a Associação Nacional de Certificação Digital (ANCD). Fiz um vídeo sobre o tema no meu canal. Inscreva-se! E espero seu comentário: www.youtube.com/josemilagre 

O futuro das cidades inteligentes

As cidades abrigam, hoje, mais da metade da população mundial e geram 70% do PIB do planeta. Ao mesmo tempo, são responsáveis por 70% das emissões de gases de efeito estufa e 60% do consumo de energia. Hoje, quando falamos de inovação nas cidades, conjeturamos sempre duas importantes tendências, alterações demográficas e revolução tecnológica. Automação, internet das coisas, a mobilidade elétrica e o 5G são pontos que mudarão a governança nas cidades.

Mais espaços

para as pessoas

Já pensou como será a Bauru daqui a 20 ou 50 anos? Algumas previsões interessantes discutidas no Wired Festival Brasil sobre urbanismo, ano passado, revelam tendências. A retomada da relação saudável das pessoas com locais onde vivem, por meio do alargamento das calçadas e interdição de espaços para carros para que pessoas transitem, é uma delas.

Casa, trabalho, eletrificação e mobilidade

Outra tendência é o home office, considerando que cada vez mais as pessoas tem menos apreço a carros (sobretudo os jovens), tendo em vista a facilidade do uso dos aplicativos de transporte. Essa mudança impactará muito nas moradias, que serão para uso misto, com o crescimento dos co-workings. Outra tendência é a eletrificação da mobilidade, reduzindo-se as emissões de carbono e melhorando a qualidade do ar.

Plataformas

digitais

É irreversível! O crescimento e ampliação dos aplicativos de mobilidade e plataformas como aplicativos sociais continuarão a crescer, permitindo que cidadãos possam não só fiscalizar, mas pressionar políticas públicas necessárias ou paradas. O ativismo urbano vai ser cada vez maior. Hoje, já vemos isso em grupos do Facebook específicos para reclamações, que são monitorados pelos gestores atentos. Vou além, o ativismo não vai envolver áreas públicas somente, mas condomínios. Plataformas vão permitir, por exemplo, reunir moradores até então que não se conheciam em ações conjuntas ou manifestações para melhorias nos espaços compartilhados.

Por onde começar? 

Habitat III!

A ONU lançou em 2019 a versão em português da nova agenda urbana, documento adotado na Conferência das Nações Unidas sobre Habitação e Desenvolvimento Urbano Sustentável, denominada Habitat III. Trata-se de um documento que definiu padrões globais para alcance do desenvolvimento econômico sustentável. Acesse: https://nacoesunidas.org/onu-habitat-lanca-versao-em-portugues-da-nova-agenda-urbana/ A cidade do futuro depende das ações dos gestores de hoje!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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