Geral

Funcionários da Brambilla fazem protesto

Ana Beatriz Garcia
| Tempo de leitura: 2 min

Funcionários da Oswaldo Brambilla Transporte Coletivo protestaram, na manhã desta terça-feira (26), em frente à Prefeitura de Bauru, na Praça das Cerejeiras. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindtran) de Bauru, que acompanhou a manifestação, eles pedem à empresa que se responsabilize pelo acerto da porcentagem do repasse do governo federal.

Houve a suspensão total do contrato de trabalho de todos os 580 funcionários da empresa, sendo cerca de 300 em Bauru. Pelo regime tributário, a opção dada pela Medida Provisória é de que a empresa realizasse o pagamento de 30% do salário e o governo federal, dos 70% restantes.

O diretor do Sindtran, Claudinei Luiz Antonucci, afirma que os trabalhadores se queixam que estão há praticamente dois meses sem o pagamento de responsabilidade do governo e que a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), do mês de abril, também não foi paga. "Motoristas, monitores, eletricistas, jardineiros, mecânicos e funileiros estão com dívidas para pagar. Tem pessoas sendo despejadas de suas casas. O que querem é que a empresa arque com o que o governo ainda não pagou".

SUPORTE

Durante a tarde desta terça-feira (26), houve uma conversa entre o prefeito Clodoaldo Gazzetta; a secretária de Educação, Isabel Miziara; a chefe de Gabinete, Majô Jandreice; membros da Brambilla Transporte Coletivo, do Sindtran e funcionários. "A empresa diz que não tem dinheiro em caixa para realizar o pagamento total, mas soubemos que receberam um repasse do município. Como a empresa presta serviço terceirizado para a prefeitura, pedimos pra que nos dessem esse suporte", alega um dos funcionários da empresa, que participou da reunião e pediu para não ser identificado.

Em nota, a assessoria do município afirma que, nesta reunião, Gazzetta explicou aos funcionários que a prefeitura paga somente pelo serviço executado pela empresa. "A última nota paga foi no começo de abril, referente a 14 dias de serviços prestados no mês de março, uma vez que as aulas estão suspensas", afirma o texto.

INÍCIO DE MAIO

O diretor proprietário da Brambilla Transporte Coletivo, Daniel Brambilla, diz que não se tratam de dois meses, já que a distribuição das porcentagens de pagamento começariam a vigorar no início de maio. Em abril, segundo ele, a empresa ainda efetuou o pagamento total. "Para ajudá-los, nós entramos em contato com o governo e a justificativa é de que estão atualizando o sistema. Ontem (segunda), houve uma terceira atualização. Pedem que aguardem e avisemos aos funcionários, porque o sistema está com falha em todo o País", afirma.

Daniel Brambilla ainda destaca que a empresa vem arcando com demais responsabilidades, ainda que com dificuldades por conta da crise. "Trabalhamos com transporte de estudantes e estamos sem faturamento e atividades desde que as aulas pararam. Mas, pagamos o acordado com o governo, de 30%, além de ticket alimentação e cesta básica, que foram honrados pela empresa", finaliza.

Acionado, o Ministério da Economia não se manifestou até o fechamento desta edição.

Comentários

Comentários