Tribuna do Leitor

'A mão de obra desorganizada de Gazzetta'

Regis Augusto Gonçalves
| Tempo de leitura: 3 min

Precarização! Um palavra de tom forte e firme! Nunca antes na história dessa cidade essa palavra foi forte e mais firme a cada ano! Mas, afinal, você deve se perguntar: como acontece a tal precarização?

A resposta é simples: com cortes no orçamento, nos equipamentos públicos, nos insumos, nas obras, nos veículos, nas manutenções e até mesmo na proteção dos servidores. Mas prefiro definir essa precarização como: "A mão de obra desorganizada de Gazzetta". Olha que poderia virar até um "best-seller". E aposto que seria vendido igual a ou até mais que a rejeição do próprio cidadão acima citado.

Após mais de 1.200 dias dessa gestão, Bauru regrediu em diversos aspectos e panoramas, não somente internamente, mas em nossa região, não avançou, nem prosperou, sequer conseguimos se consolidar como um polo regional de desenvolvimento político-empresarial. Essa mão de obra desorganizada escolhida por você custou muito caro a Bauru, que ficou embaraçada numa utopia diária de suas promessas e mais promessas. Até porque era isso que se esperava de você, após mais de vinte e tantos anos na tentativa ser eleito. Na verdade, acho que você nunca sentou de fato na cadeira de prefeito... ou sentou, sei lá!

Não soube lidar com os indicados aleatórios, após eles "fritaram" os seus indicados técnicos! Afinal, já parou para se pensar por que eles não deram certo em sua gestão? Fica a reflexão, pois aí já seria um sinal evidente de alerta que as coisas não seguiriam sempre em frente!

Até agora o bauruense não consegue ver Bauru numa perspectiva melhor, com base em tudo que você falou, prometeu, e disse que faria. Como planejar e destravar Bauru, uma nova cidade nos próximos anos, afinal, o que aconteceu? Pois atualmente estamos com um Plano Diretor "vencido" e sem o tal Instituto do Planejamento, assim como também ainda não temos respostas para a estação de tratamento de esgoto e do lixo, iluminação pública, subprefeituras, déficit de vagas nas escolas, saúde no tempo certo, CRAS itinerante, polo tecnológico, estação das artes e muitos outros projetos. E aposto contigo que o senhor Paulo, lá do Jardim Europa, deve estar esperando a prensa prometida a ele até hoje. Afinal, o que são empresas-sociais? Infelizmente não tem como pensar no futuro sem ações efetivas no presente, no agora!

Dizia que iria corrigir o que não deu certo, e fazer funcionar aquilo que precisava, mas o que o prefeito conseguiu fazer funcionar de fato? Ou vai dizer que a precarização é invenção também? Poxa vida, se até os seus parques lineares não saíram do papel. Olha não sei, mas é bom relembrar que em seus depoimentos fazia promessas de um governo participativo e popular, geração de emprego e renda, desenvolvimento e melhoraria da saúde e que tudo isso é um projeto real para a cidade!

Mas não foi real para Bauru! E olha que nem citei a valorização dos servidores. E essa tal valorização ao servidor foi mais um devaneio dito por você, pois o que vem ocorrendo é a precarização do trabalho e sucateamento de diversos setores públicos. Porém aqui é melhor não aprofundar esse assunto, pois antes de tudo precisamos diferenciar a valorização do reconhecimento merecido ao servidor público.

A história contada por você foi típica e perfeita, igual ao conto de fadas, daqueles que só existem em filmes e livros. Mas, mudando para o capítulo vida real, não passou de uma mistura de ilusão com ficção se divertindo na fantasia do faz de conta. Típico de obra hollywoodiana e se chamar "Bauru Regrediu". E não tenho dúvida que, também desta vez, todos nós seremos julgados pela história, afinal "melhor viver na utopia do que ter o poder e falhar!". Essa é a melhor frase que define este momento, pois talvez você tenha falhado em algum momento durante o trajeto, como prefeito de nossa cidade.

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